quinta-feira, 4 de junho de 2009

SEU DINHEIRO - Luiz Percy Denardin

MERCADO FINANCEIRO 03.06.09

Especialista - IBOVESPA descolou de fundamentos e pode sofrer pressão em junho
FONTE - INFOMONEY

"Mesmo com o forte movimento de alta registrado pelo Ibovespa recentemente, a palavra de ordem entre analistas para o mês de junho é cautela. Sem indícios mais sólidos de retomada pelo lado real da economia, sobram dúvidas sobre a manutenção do vigoroso fluxo externo positivo.Poucas são as discordâncias quando o tema é a superação dos piores momentos da crise. Contudo, aversão ao risco em queda livre e melhora em alguns indicadores econômicos seriam evidências concretas apenas do "final do início da crise", como define a corretora Spinelli.O entendimento entre os especialistas é de que houve descompasso na evolução dos índices acionários e dos fundamentos econômicos. "Os investidores parecem já flertar com a euforia", alerta a Spinelli.
Espaço para realização
A lógica, todavia, tem sido contrariada pela manutenção do forte fluxo de investimentos externos direcionado ao mercado acionário brasileiro.Considerando o cenário mais pessimista traçado no início do ano, a pontuação alvo estimada por analistas da Ativa Corretora de 55 mil pontos já foi praticamente alcançada - "o upside por essa metodologia acabou", concluem. Sem a comprovação de uma aceleração semelhante da economia real, os analistas da Ativa afirmam não estar "confortáveis com uma indicação de que o Ibovespa manterá essa trajetória de forte alta".
Atenção aos EUA
A equipe da corretora SLW preferiu destacar outro fator de risco sobre os mercados no curto prazo - a deterioração das contas públicas norte-americanas. Embora reconheça haver sinais de uma recuperação lenta da economia do país, "a questão fiscal nos EUA ainda será um ponto analisado pelos investidores e o seu desfecho não é certo", afirmam. Segundo a equipe do UBS Pactual, o ponto chave para a compreensão do mercado é o momento em que o foco deixará a normalização do prêmio por risco para bases mais ligadas aos fundamentos. "Alguma consolidação nos preços das ações deverá ocorrer no curto prazo", conclui."

CONCORDO PLENAMENTE.
DENARDIN


Wall Street romepu ciclo de altas e cai forte.
Lá fóra, depois de quatro altas seguidas, Wall Street interrompeu o ritmo positivoapós divulgação de uma sequência de indicadores desfavoráveis, e o alerta de Bernake do FED, para efeitos negativos da dívida na retomada do crescimento da economia dos Estados Unidos, solicitando comprometimento das autoridades em reduzir o déficit orçamentário de quase US$ 2 trilhões do país após a injeção agressiva de recursos na economia. Quanto aos indicadores, ADP Employment Report mostrou que foram fechadas 532 mil vagas de trabalho no setor privado do país na passagem entre abril e maio, enquanto o mercado esperava um corte em torno de 525 mil. No entanto, os números foram melhores do que na medição anterior, que indicou um corte de 545 mil postos. O setor de serviços também teve desempenho pior que o esperado, com o ISM Services registrando 44 pontos em maio. Já o volume de encomendas à indústria norte-americana, medido pelo Factory Orders, avançou 0,7% durante o mês de abril, mas também ficou levemente abaixo das projeções. Para completar o quadro, a divulgação do PIB da União Europeia, que contraiu 2,5% no primeiro trimestre em relação aos últimos três meses do ano passado, mostrando a maior retração desde 1995, quando o órgão oficial de estatística europeu iniciou a medição.

Já o Petróleo, apos divulgação de inesperado aumento nos estoques norte-americanos inverteu e caiu forte nos mercados. Em Londres o BRENT fechou a US$ 65,80 ( queda de 3,36% ) , e em Nova York, na Nymex fechou cotado a US$ 66,12 por barril ( queda de 3,54% ). O Departamento de Energia dos Estados Unidos anunciou durante o dia que os estoques de petróleo dos Estados Unidos subiram para 366 milhões de barris nas semanas terminadas em 22 e 29 de maio, configurando avanço de 2,9 milhões de barris e contrariando as expectativas dos analistas. Vale lembrar que os Estados Unidos são o maior consumidor mundial do produto.

Por aqui, após ciclo de ganhos, o indice doméstico teve seu seu segundo dia de perdas, e com ómente 4 ativos no positivo, hoje sob a influência das perdas vindas de fora e do fraco desempenho de suas blue chips produtoras de matérias-primas, como Vale, Petrobras e siderúrgicas. A Vale após sua rival Rio Tinto fechar reajuste de - 33% no preço do minério de ferro com siderúrgicas japonesas, e notícias advindas da China apontam que os produtores locais seguem sem abrir mão de uma redução entre 40% e 50% nos preços. A Petrobras sofreu com o forte recuo do valor dos contratos de petróleo no mercado internacional, em meio a um inesperado aumento nos níveis de estoques norte-americanos. Gerdau e CSN também contribuírem para as perdas em movimento de ajuste, após a Itaú Corretora rebaixar sua recomendação para os ativos do setor para underweight, ou seja, abaixo da média , papéis considerando "caros" após rali que acumulava oito sessões seguidas de alta. Desatque positivo para os ativos da Souza Cruz, que tiveram sua terceira valorização consecutiva e liderou no dia de hoje os unicos quatro papeis que aporesentaram ganhos. Oscilando entre os 51.643 pts e os 54.000 pts, com um expressivo volume financeiro R$ 6,48 bilhões, o IBOVESPA acabou fechando aos 52.086 pontos, representando uma expressiva desvalorização de 3,54% em relação ao ultimo fechamento. No diário, em movimento lateral próximo ao SUP do novo canal lateral.

As poucas latas do dia ficaram por conta da Souza Cruz ON ( 3,13% ), Cemig PN ( 1,93% ), Telesp PN ( 1,37% ) e Transpaulista PN ( 0,02% ). As maiores perdas ficaram por conta da Brasil T Par PN ( 6,90% ), Rossi Res ( 6,58% ), Embraer ON ( 6,34% ), B2W ON ( 6,15% ) e Sid Nac ON ( 6,08% ).
Já o dolar comercial, quebra sequencia de seis altas consecutivas, e sofre ajuste favorecida pela realização de ganhos nos mercados. A moeda norte-americana fechou cotada hoje a R$1,9640 representando uma uma expressiva recuperação de 2,24% em relação ao fechamento anterior. No mes ainda apresenta desvalorização de 0,46%, e no ano de 2009 acumula desvalorização de 15,88%. No mercado paralelo ainda se manteve estável nos R$2,3000, representando um ágio de 17,11% em relação ao dólar comercial.

IBOVESPA no patamar dos 52.000 pontos, com expressivo recuo no dia.
INDICES INTERNACIONAIS

Dow Jones - queda de 0,75%
Standard & Poor's 500 - queda de 1,37%
Nasdaq - queda de 0,59%
FTSE 100 - queda de 2,09%
Nikkei - queda de 4,06%
Merval - alta de 0,39%
WINFUT queda de 3,31% - 52.240,00 pontos - no ano 37,47%.
IBOVESPA queda de 3,54% - 52.086,63 pontos - no ano 38,71%
Segue ao lado o fechamento de hoje dos principais ativos com o resultado acumulado de 2009 :

- PETR4 queda de 4,05% - 33,15 ( MIN 32,85, MAX 34,34 ) no ano 45,14%
- VALE5 queda de 3,79% - 31,70 ( MIN 31,55, MAX 32,84 ) no ano 32,69%
- GGBR4 queda de 2,92% - 21,60 ( MIN 20,81, MAX 21,98 ) no ano 43,43%
- ITUB4 queda de 2,38% - 31,60 ( MIN 30,82, MAX 32,19 ) no ano 21,07% ( Antiga ITAU4 )
- CSNA3 queda de 6,08% - 47,11 ( MIN 49,66, MAX 51,48 ) no ano 62,45%
- USIM5 queda de 4,44% - 39,35 ( MIN 38,67, MAX 40,60 ) no ano 48,38%
IBOVESPA - Caiu cerca de 4,3% até por volta das 13,50 horas, quando atingiu a minima do dia. Com pequeno folego até o final do pregão, acabou fechando aos 52.086 pontos, representando uma expressiva desvalorização de 3,54% em relação ao ultimo fechamento. No diário, em movimento lateral próximo ao SUP do novo canal lateral.
MIN do dia 51.643 pontos / MAX do dia 54.000 pontos.

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