quinta-feira, 11 de novembro de 2010

PAPO DE CULTURA - Ione Jaeger


Ione Jaeger



C O N S T A T A Ç Ã O

Na sombra de um caso

escondido da falsidade,

no ocaso

das mentiras que a verdade cobra,

vive o estigma do adeus

cutucado com as garras da saudade,

grudado em doces lembranças

- triste, esquecido -

aprisionado nos elos da corrente do amor,

de um amor que se não foi bom

pior se não tivesse havido







Ione Jaeger

Abril de 2002

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

NOTíCIAS DA CÂMARA DE NOVO HAMBURGO

DIRETORIA DA FUNDAÇÃO DE SAÚDE PÚBLICA PRESTA CONTAS NA CÂMARA


Convite foi feito por Ricardo Ritter - Ica, e todos os vereadores apresentaram questionamentos



A diretora de administração da Fundação de Saúde Pública de Novo Hamburgo,

Simone Zucolotto, participou da sessão desta terça-feira, 9. Ela

apresentou diversos dados sobre a instituição, e também respondeu a

perguntas feitas pelos parlamentares.



No dia 19 de maio de 2009, foi sancionado o projeto de Lei (1980/2009),

que transformou a autarquia municipal denominada Hospital Municipal de

Novo Hamburgo (HMNH) em fundação estatal de direito privado. Com a

denominação de Fundação de Saúde Pública de Novo Hamburgo (FSNH), a

entidade foi criada com o objetivo de responder às dificuldades

enfrentadas pelo município na área da saúde pública.



A Fundação assumiu a gestão do Hospital Municipal, de cinco Caps, de oito

unidades de saúde, do Samu e de outros programas. Simone abordou diversos

assuntos em sua fala, como a transição da equipe, a redefinição dos

salários, a contratualização e a contratação e o treinamento dos agentes

comunitários da saúde.



Transição da equipe

A diretora salientou que o volume de profissionais é significativo. "A

transição é complexa, este é um momento delicado." Atualmente, salientou,

são 645 funcionários concursados e 123 funcionários cedidos. Já foram

desligados 403 funcionários – e, em fase de desligamento, estão 232. "Ou

seja, 60% da transição já ocorreu. A meta é completar até o dia 15 de

dezembro, conforme determina processo judicial."



Simone frisou que os novos funcionários estão sendo avaliados

constantemente. "Hoje, além da integração, de conhecer a estrutura

organizacional e as políticas do Município, eles recebem um treinamento in

loco." O profissional, disse, é acolhido, tem seu perfil identificado, e

passa a conhecer os procedimentos do setor em que irá atuar. "Ele começa

trabalho acompanhado de supervisor", apontou, lembrando que o modelo de

"padrinho", ou seja, do acompanhamento dos novos por colegas mais

experientes, também é adotado na Santa Casa.



Remuneração variável

Simone disse que, após reuniões com o sindicato e com médicos de

diferentes especialidades, será feita uma revisão do processo de

remuneração. "Temos dificuldade de encontrar médicos no mercado de

trabalho. A concorrência pelo profissional é muito grande. É preciso

oferecer um atrativo. Um deles é o critério de remuneração variável. É um

estímulo da remuneração pela produção. O processo está em andamento, e

envolve várias etapas. Mas é necessário para termos uma equipe

qualificada."



Acompanhamento da contratualização

A diretora lembrou que o Município assinou contratualização com o Estado

em maio. "Já recebemos novos valores mensais, maiores do que antes. Hoje,

são R$ 27 milhões/ano. Antes, eram R$ 15 milhões/ano. É um montante

significativo, e dá margem para investir também na rede básica."



Transparência e orçamento

Na lei de criação da fundação estão previstas ferramentas de

transparência, como a divulgação de documentos no site da internet

(www.fsnh.net.br). "Alguns já estão disponíveis", salientou Simone. Além

disso, a nova equipe já está trabalhando no Orçamento para 2011. "Nos

próximos dias, será encaminhado para aprovação do Conselho Municipal de

Saúde."



Estruturação interna

A diretora disse que estão sendo feitas mudanças na organização interna do

hospital, como a reorganização da unidade cardiológica. "O hospital é

referência nessa área para toda região. Haverá uma unidade exclusiva para

pacientes cardiológicos. E uma equipe será treinada e preparada para

acompanhamento específico dessas pessoas." Também deve haver leitos

específicos para dependentes químicos, e um melhor acolhimento no setor de

emergência.



Ampliação do programa SUS em Casa

De acordo com Simone, o objetivo é ampliar em 50% a capacidade de

internação domiciliar, que hoje é de 25 pacientes/mês. "O serviço tem

aceitação muito boa na comunidade, e aumenta vagas no hospital."



Saúde da Família

O programa Saúde da Família está sendo ampliado, afirmou a diretora.

"Estamos em fase de contratação e treinamento. Já são 50 agentes

comunitários da saúde contratados. Há equipes que já atuam em alguns

bairros. A meta, até o final do ano, é ter 10 equipes. Até 2012, devem ser

25 equipes."



Simone concluiu com uma frase de São Francisco de Assis: "Comece fazendo o

que é necessário, depois o que é possível, e, de repente, você estará

fazendo o impossível".



Perguntas

Ica disse que a apresentação foi além do esperado. "Fiquei satisfeito com

os números, mostra que estamos progredindo." O pedetista salientou que o

objetivo era conhecer os novos administradores do hospital. "Nós

frequentemente somos questionados sobre a situação de familiares

internados, pois muitas pessoas não conseguem informações."



Ito Luciano (PMDB) questionou a burocracia para se conseguir sessões de

fisioterapia. "É preciso passar no posto de saúde, mesmo quando se tem

requerimento do médico do hospital."



Matias Martins (PT) pediu mais atenção para Lombra Grande na hora de se

definir equipes de saúde da família. "Há moradores que ficam muito longe

do hospital. Gostaria que fosse estudada a necessidade do bairro."



Carmen Ries (PT) lembrou que não é só em Novo Hamburgo que há crise na

área da saúde. "É no País todo." A vereadora destacou que sabe como é

difícil chefiar equipes de trabalho. "Por isso os parabenizo pelo

trabalho. Sempre foi muito bem atendida no hospital."



Raul Cassel (PMDB) ponderou que a situação de encaminhamentos para o

hospital é muito burocrática. Médico da rede pública, o vereador sugeriu

que alguém seja responsável por essa distribuição. Também pediu redução na

burocracia para concessão de sessões de fisioterapia e atestado. "Por que

o paciente sai do hospital e precisa ir ao posto?", questionou. Cassel

ainda perguntou sobre as obras de ampliação do hospital e sobre o acerto

com os funcionários que estão saindo.



O vice presidente da Câmara, Sergio Hanich (PMDB), argumentou que, quando

um vereador interfere, está cumprindo seu papel de porta-voz da

comunidade. E quis saber mais sobre o fechamento de três quartos da

unidade A, que foram transformados em quartos para médicos.



Antonio Lucas (PDT) pediu ajuda para a a conclusão das obras, que

significarão mais 60 leitos para a comunidade. "Vamos ver se conseguimos

fazer esse acordo. A gente que vai ao hospital e sai, muitas vezes, com a

cabeça baixa. Não pelo atendimento, que é muito bom, mas pela quantidade

de gente nas macas, nos corredores." Ele também perguntou sobre as pessoas

com problemas mentais em crise. "De quem é a responsabilidade do

transporte?"



A dúvida de Gilberto Koch (PT) era sobre a quantidade de pessoas de fora

da cidade que procuram o hospital. A de Leonardo Hoff (PP), sobre a

possibilidade de equiparação salarial, pois muitos funcionários cedidos

estão recebendo um salário inferior.



Luiz Carlos Schenlrte (PMDB) perguntou sobre as cirurgias eletivas.

"Muitas pessoas com problemas como pedras nos rins e hérnia acabam sendo

encaminhadas a outros hospitais." Volnei Campagnoni (PCdoB), sobre a

possível ampliação do número de viaturas do Samu.



Presidente da Casa, Jesus Maciel (PTB) repassou uma reivindicação da

comunidade: toldos na frente de unidades de saúde e do hospital, para as

pessoas que aguardam atendimento ou esperam algum familiar.



Respostas

Simone comprometeu-se a enviar respostas detalhadas aos vereadores. Mas

faz algumas considerações. "Em relação à saúde da família em Lomba Grande,

posso dizer que o bairro será contemplado. Sobre os atestados, vamos

reavaliar a situação com a equipe. E sobre a obra de ampliação, o edital

para licitação está sendo elaborado." Ela ainda garantiu que os

funcionários que estão deixando a instituição tendo seus direitos

contemplados. "Estamos contratando mais médicos,

realizamos processo seletivo. Acredito que será possível suprir grande

parte da necessidade nas unidades de saúde."



A diretora ainda destacou que o Samu tem foco no preparo dos profissionais

– e que é do Samu a responsabilidade de fazer o transporte de pessoas com

problemas mentais, desde que estejam cadastradas. Em relação ao número de

veículos, disse que sempre tem viatura em conserto, e que em outra ocasião

poderá responder sobre a ampliação da estrutura. Já a equiparação

salarial, apontou, está em análise na PGM. "E sobre os quartos: na medida

em que a equipe médica é ampliada, aumenta a demanda por estruturação. É

um direito dos trabalhadores. Reformas e adequações ainda estão em

andamento, para para não haver impacto no número de leitos." Por fim,

lembrou que o hospital de Novo Hamburgo é referência regional, e por isso

recebe constantemente pacientes de outros municípios.



*



- João Viega da Rocha será nome de rua

Projeto de Carmen Ries foi aprovado em segundo turno



Vereador das VII, VIII e IX legislaturas e presidente da Câmara em 1976,

João Viega da Rocha será homenageado no bairro onde passou a maior parte

de sua vida, o São José. O Projeto de Lei 103/2010, de Carmen Ries (PT),

foi aprovado em segundo turno, por unanimidade, na sessão desta

terça-feira, 9. A proposta de Carmen é que a primeira via paralela ao

norte da rua Antonina, que se inicia na rua Marquês de Souza e segue em

direção leste, seja denominada "Alameda João Viega da Rocha".



História

João Viega da Rocha nasceu em 27 de agosto de 1923, em Taquara, filho de

Franklin e Júlia Viega da Rocha. Chegou em Novo Hamburgo, fixando

residência na Rua Marquês de Souza, número 150, no bairro São José, em

1947. Nunca mais mudou de endereço. Casou-se com Gerda e teve quatro

filhos: Gládis, professora; Raul, proprietário das Lojas Radan; Daltro,

atual presidente do CDL de Campo Bom; e Maria Júlia, representante

comercial. Também teve netos e bisneto. Morreu aos 81 anos, em abril de

2005.



No mesmo bairro em que formou seu lar, Rocha abriu um armazém de secos e

molhados, que anos mais tarde se tornaria a rede de lojas Julinha

Magazine, com filiais em Canudos e nas cidades de Campo Bom e Sapiranga.

Em 1973, ingressou na vida política, sendo eleito vereador pelo antigo

PDS.



Familiares e alunos

Um grupo de cerca de 20 alunos da escola Borges de Medeiros, no bairro

Rondônia, acompanharam da sessão desta terça-feira, 9. Eles foram a

convite da professora Gládis, filha de João Viega da Rocha. Luana

Oliveira, 14 anos, aluna da 8 série, explicou que foi conhecer o

funcionamento a Câmara e, principalmente, prestigiar a professora. Também

estavam presentes os filhos Maria Júlia e Daltro e os netos Maria Cristina

e Raul.



Gládis agradeceu aos vereadores e aos alunos, "que me deram a alegria de

compartilhar comigo esse momento". Ela contou que pediu a Carmen, que

também é diretora da escola onde atua, um nome para a sua rua. "Carmen

olhou para mim e disse: o nome do teu pai."



A professora afirmou gostar muito de política, e acompanhou muito o

trabalho de seu pai quando a Câmara funcionava em outro espaço. "Vi meu

pai lutar por uma casa digna para o Legislativo, o que conseguiu."



Emoção

Gerson Peteffi (PSDB) salientou ter ficado bastante emocionado com a

presença dos jovens e de Gládis, e também com a iniciativa de Carmen. Ele

apontou que já ouviu muitos elogios sobre a atuação de João Viega da

Rocha.



O presidente da Casa, Jesus Maciel, salientou que conviveu com João Viega

da Rocha, e que tem boas lembranças do ex-vereador. "Ele foi um ser humano

que fez a diferença. Tratava os outros com igualdade e muito respeito. É

um exemplo para nossas vidas."



Leonardo Hoff (PP) também elogiou Carmen pelo projeto.



Carmen salientou que João Viega da Rocha foi figura marcante no

desenvolvimento da cidade. A vereadora lembrou um pouco de sua história e

de seu trabalho na Casa durante as três legislaturas. "Ele acreditava no

potencial de Novo Hamburgo", disse. "Ele foi uma figura sábia."



*



- Auxílio para jovens dependentes químicos

Aprovado repasse de R$ 114 mil para entidade sem fins lucrativos



O Município foi autorizado a conceder auxílio financeiro à Mitra da

Diocese de Novo Hamburgo - Pacto – Pastoral de Auxílio Comunitário ao

Toxicômano – Fazenda do Senhor Jesus, entidade civil sem fins lucrativos,

no valor de até R$ 114 mil. O projeto 125/2010, do Executivo, foi aprovado

por unanimidade em segundo turno na sessão desta terça-feira, 9.



Internação de adolescentes

Esta subvenção tem como objetivo auxiliar para a cobertura de necessidades

financeiras da entidade, mediante internação terapêutica, de adolescentes

usuários de drogas, com idade entre 12 e 18 anos, residentes no Município.

A fazenda fica no bairro Lomba Grande. O auxílio destina-se, igualmente, a

cobrir déficits verificados no exercício de 2009.



Liberação dos repasses

A entidade beneficiária deve manter conta bancária específica em

instituição financeira oficial, para o recebimento e movimentação dos

valores repassados, cuja liberação poderá se dar em parcelas mensais. A

liberação de parcelas fica vinculada à aprovação da prestação de contas

referente aos montantes anteriormente liberados.



Emenda

Duas emendas, de autoria de Leonardo Hoff (PP), também foram aprovadas.

Uma trata da divulgação da convênio por meio de placa – estabelecendo que

o rompimento do convênio ocorrerá caso a retirada da placa for voluntária.

O motivo, explicou o vereador, é que podem acontecer acidentes que

impliquem a retirada da placa.



A outra emenda estabelece que prestação de contas da beneficiada deverá

ser publicada também nos sítios da internet do Poder Executivo Municipal e

da própria entidade.



*





- Mudanças no Ipasem deverão ser votadas na quinta, 11

Alteração no Plano de Carreira dos Servidores exige Lei Complementar



Foi adiada para a quinta-feira, 11, a apreciação da proposta que institui

o plano de classificação de cargos e funções do quadro funcional do

Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores Municipais de Novo

Hamburgo – Ipasem. O Executivo havia apresentado um projeto de lei

sugerindo as mudanças. Contudo, para a realização de alterações no Plano

de Carreira dos Servidores Municipais, é necessário promovê-las por meio

de Lei Complementar, conforme artigo 40, parágrafo único da Lei Orgânica

Municipal (LOM). A matéria, cuja aprovação exige maioria absoluta (oito

votos), deverá ser enviada pelo Executivo em regime de urgência.



O líder do governo, Gilberto Koch (PT), terá de apresentar requerimento de

inclusão na ordem do dia para que a Lei Complementar entre em votação. A

previsão é de que a matéria seja votada na quinta-feira, 11, em primeiro

turno, e na terça-feira, 16, em segundo turno.



Para esclarecer dúvidas sobre o projeto, esteve presente à sessão plenária

desta terça, 9, o diretor-geral do Instituto de Previdência dos Servidores

Municipais de Novo Hamburgo (Ipasem), Valnei Rodrigues. As mudanças na

estrutura do Ipasem estão sendo feitas em atendimento à orientação do

Tribunal de Contas do Estado. Em 2009, através da Lei Municipal n° 2.035,

foi autorizada a contratação emergencial de servidores, além da criação de

alguns cargos em comissão, em caráter temporário.



As contratações emergenciais deverão terminar no mês de novembro. Com as

alterações sugeridas através de Lei Complementar, que será apreciada, será

realizado concurso público para o provimento de cargos efetivos ainda no

corrente exercício.

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