sexta-feira, 12 de junho de 2009

JOGO NA ÁREA - Marcelo de Quadro




SELEÇÃO DE DUNGA – Até seis meses atrás eram muitas as dúvidas se o Brasil conseguiria, com Dunga, sua classificação para a Copa do próximo ano, na África do Sul. Mas o técnico gaúcho sempre pareceu, a exemplo de Felipão, ciente do trabalho que estava realizando, com respaldo da CBF e não se importando com o que a mídia ou setores satélites, pertencentes ou torcedores de clubes e empresários, pudessem estar tramando para que ele fosse demitido ou mesmo pedisse para sair. Lembram do lobby a favor de Romário, quando Felipão ganhou o penta? Teve que colocar protetor nos ouvidos e engolir muitos sapinhos para fazer o que achava certo, e que acabou dando resultado.

Pois aí está, algo semelhante acontece , agora, com Dunga. Pode ser criticado pelo que fez e faz. Mas mostra responsabilidade, coerência e tem uma linha mestra no seu trabalho. Alguém pode dizer que Gilberto Silva não é mais jogador de seleção, que Josué nunca foi, que Felipe Mello foi inventado, que os alas da seleção não funcionam, que Robinho é pipoqueiro. E que os únicos atletas de quem se pode esperar alguma coisa positiva são Luís Fabiano e Kaká. Tudo bem, mas o Brasil, depois das duas últimas partidas, contra Uruguai (em Montevidéu) e com o Paraguai (no Recife) já é líder das Eliminatórias, está com um pé na Copa e chega de cabeça erguida, como um dos favoritos na Copa das Confederações, neste mês, também na África do Sul. Mérito de quem? Dos jogadores, muitos dirão. Certo. Mas quem convocou e escalou estes jogadores? É isso aí, o técnico.

Quando o time perde a culpa é do técnico. Vejam, por exemplo, o caso do Maradona, na Argentina, com a derrota sofrida nesta rodada para o Equador, está num inferno astral terrível. Hoje corre o risco de ter que disputar uma repescagem. Ainda está na quarta posição na tabela. Mas em setembro tem nova rodada pelas Eliminatórias. Adivinhem quem será o adversário de Maradona? Exatamente, Dunga. Argentina e Brasil. Duelo de titãs. Se os argentinos perderem caem ainda mais na tabela e correm risco de participar da Copa. E você acha que, perdendo para o Brasil de Dunga, Maradona permanece. O técnico argentino terá muitos enjôos até setembro. E se perder aí, para ele, será uma droga.

Brasileirão no final de semana – Grêmio, oitavo na tabela, com 7 pontos, enfrenta o Fluminense, neste domingo, no Rio de Janeiro. Autuori começa a mudar o time e vai iniciando a implantação do seu esquema preferido, um 4-4-2. A surpresa, pela necessidade, pode ser a ala direita, aliás, lateral-direita. William Thiego pode, aparecer por ali. Ruy e Joílson estão suspensos. Makelele também tem chances de atuar. O Grêmio que está tentando comprar Souza, Paris Saint-German, mas pode acabar perdendo Alex Mineiro para o futebol do Catar. Uma proposta oficial deve surgir nos próximos dias pelo atacante.

Se vencer o Fluminense , domingo, às 18h30, o Grêmio pode dar um grande salto na tabela e se aproximar dos primeiros na classificação. Se, porém, perder inverte a tendência e fica, outra vez, na zona do perigo, muito próxima da faixa dos rebaixados.

Inter vai de misto para enfrentar o Vitória – D’Alessandro, novamente, não tem condições de jogo para esta rodada, a sexta pelo Brasileirão. Kléber e Nilmar estão com a Seleção. Deste modo Tite vai ter que continuar utilizando o que tiver de melhor e em condições no plantel. O jogo contra o Vitória é importante para ficar na frente na tabela. Mas todos sabem que o time de Paulo César Carpegiani vem em busca de resultado positivo, pois é um bom time. Hoje os baianos estão em terceiro lugar com 9 pontos. Atrás apenas do vice que é o Atético-MG, que tem11 pontos e do Inter, que tem 13 pontos. O argentino D’Alessandro deve estar sendo poupado para o jogo contra o Corinthians, na quarta-feira, pela Copa do Brasil, a primeira partida será disputada em São Paulo.

O mistão do Inter para encarar o Vitória deve ter a seguinte formação: Michel Alves; Bolívar, Danny Morais e Sorondo (Álvaro) e Marcelo Cordeiro; Maycon , Glaydson, Giuliano e Andrezinho; Talles Cunha e Alesandro. Um bom time, mas sem o entrosamento dos titulares.

Esta não é do esporte, mas temos que lançar na área. Quem já teve a oportunidade de ver o noticiário da Rede Brasil (TV ABC), canal 58 UHF, com Nei Gonçalves Dias, às 19 horas? Rapaz, que coisa impressionante! O homem, todos sabem, é jornalista experimentado e responsável. Mas está levando um baile do teleprompter ou teleponto (tela onde aprecem as notícias para o apresentador ler). Das duas uma: Ou ele fica muito nervoso, tendo que apresentar o telejornal de maneira formal, ou não consegue enxergar adequadamente as frases que vão aparecendo, talvez por causa da distância. E também parece que ele não leu a notícia antes de apresentar. Gagueja, tropeça nas palavras, não transmite a informação e ainda fica sério. Assim não dá! Só consegue algum equilíbrio e atenção de quem assiste quando ele sai da banqueta e vem para frente da câmera, comentar uma notícia. Este sempre foi o seu melhor estilo. Do jeito que está é bola fora. Os diretores do telejornal estão brincando com o espectador. Assim não dá, a notícia perde toda a credibilidade. E o jornalista também. Como é que o Nei Gonçalves Dias topou uma roubada dessas?!

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