terça-feira, 16 de junho de 2009

Famílias pedem auxílio da SEHAB para organizar cooperativa



Nesta segunda-feira, 15, representantes de 26 famílias que moram em uma área de terra ocupada no loteamento Kephas, bairro São José, estiveram reunidos com os diretores da Secretaria de Habitação (SEHAB) hamburguense para expor seu problema. Conforme o grupo, eles vivem no local há mais de 30 anos, onde inclusive a maioria de seus filhos nasceu e cresceu. Apesar disso, o proprietário retomou ação judicial para reintegração de posse da área, uma massa falida de indústria. Em caso da ação, que já tramita há dez anos, ser julgada favorável ao dono do imóvel, todos terão que deixar o terreno em pouco tempo.

Ciente de que a Prefeitura não tem poder para interferir em decisões judiciais desta ordem, a sapateira Denise Silva, líder comunitária da localidade, explica que a reunião com a SEHAB não objetivou auxílio neste sentido, mas na busca de uma saída para o período posterior ao quase inevitável despejo. “Estamos dispostos a montar uma cooperativa habitacional para regularizar nossa situação, seja lá ou em outro lugar”, afirma Denise. Segundo ela, no entanto, lhes falta o conhecimento de como pôr em prática a ideia. “Queremos contribuir com o município, nos organizar e conquistar nossa moradia decente, mas para isso precisamos que a Prefeitura nos oriente”, complementou a sapateira.

De acordo com a diretora de Habitação e Cooperativismo do município, Selíria Márcia da Rosa, a iniciativa dos moradores é louvável e merece atenção. “Infelizmente não temos lotes emergenciais disponíveis para este tipo de situação”, lamenta a diretora. “Além disso, precisamos observar critérios sociais como a renda e a situação de risco para o direcionamento das famílias aos programas habitacionais”, pondera. Conforme sua avaliação, porém, estas pessoas são todas de baixa renda, o que faz com que se enquadrem nas prioridades da SEHAB. Para dar encaminhamento à questão, nos próximos dias será agendada uma reunião coletiva entre os moradores, o advogado de defesa das famílias e equipe da Secretaria de Habitação. Juntos, eles buscarão a melhor alternativa para o coletivo.

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