terça-feira, 23 de junho de 2009

PAPO DE CULTURA - Ione Jaeger



ANIMAIS
Ana Martha


Não entendo como certas pessoas conseguem comparar animais com pessoas. Tenho 4 cães, trato com muito carinho, ração importada e tudo. Mas nunca, em nenhum momento, sequer, consigo me imaginando substituindo-os por uma criança. Se comprometer em adotar uma criança é algo muito sério para ser comparado à adoção de um animal.
Voluntária da causa animal, conheço bem as pessoas que se dedicam a protegê-los. Há uma senhora, chamada Anerlei, muito parecida com uma tia minha - Mariinha. Anerlei tem uns vinte gatos e uns dez cães em casa. Ela é tão conhecida como protetora, que quando um veterinário aqui na cidade tem dúvidas sobre o tratamento correto para o gato, liga para ela. Pessoas batem na sua casa, qualquer hora, para pedir ajuda, e ela ajuda. Além disso, ela contribui mensalmente para a LBV e o Hospital Boldrini e, ainda, cuida pessoalmente de pessoas doentes e sozinhas. Este é só um exemplo, pois quando o ser humano é tocado pela compaixão, deixa de julgar a quem está ajudando. E, pela minha experiência, aqueles que reclamam da atenção dada aos animais domésticos, geralmente nada fazem pelo ser humano.




Com a "humanização" dos animais domésticos, estes passaram a ter uma qualidade de vida melhor. As vacinas são dadas regularmente e. também, há um controle maior de pragas domésticas. As entidades protetoras dos animais, através de programas de castração dos animais e conscientização de posse responsável, diminuiram os animais de rua diminuindo, assim, zoonoses muito comuns até certo tempo, como a raiva canina que é praticamente erradicada em grandes centros. Igualmente a toxoplasmose.
Dimuindo estas doenças, o governo acaba gastando menos em programas de erradicação de zoonoses, e acaba sobrando mais verba para o controle de doenças infantis ( na teoria, e se o governo tivesse interesse).
Finalmente, acredito que todos tem uma missão - uns se dedicam a cuidar das pessoas, outras dos animais, outras da mãe Terra. E não creio que nenhuma seja errada. E, se meu amor, numa etapa da minha vida só é suficiente para dedicar a um animalzinho, não vejo porque não fazer.
Talvez o ato de compaixão maior seja não julgar o próximo...




Ana Martha - Campinas/SP

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