segunda-feira, 22 de junho de 2009

PAPO DE CULTURA - Ione Jaeger




"se é verdade tanto horror perante os céus?"


que saudade do tempo da infância:
vó, era a avó,
tia, era a tia da gente.
A porta da frente de casa era aberta,
as janelas, também.
Brincávamos na rua, nas vizinhanças,
até dez horas da noite.
Meninos e meninas.
Somos preciosos
desfrutamos de serenidade,
privilegiados,
nossa essência se formou de tranqüilidade,
de bondade. Não havia televisão.
Filhos não se divertiam matando
pai, mãe, avós e irmãos...
Assistimos hoje
um cenário de barbárie, filmes só de bandidos,
desenhos bélicos - heróis japoneses e cia,
nas telenovelas - os vilões, maus-caráter
são premiados, sem punição.
Onde estão Jane Eire,Pollyana, e outros?
Os personagens dos espetáculos de diversão,
entreterimento, são
Champinha, Suzane, irmãos cravinhos,
e grande elenco. Imolaram o pequeno João Hélio,
impiedosamente, (com requintes de maldade,
nunca visto nas feras mais ferozes)
Que fazer para salvar,
resgatar o que resta de humano
na convivência social, a essência do indivíduo,
algoz solto perambulante nas ruas,
verdugo perverso catando mártires indefesos?
Se esse cenário não findar a humanidade,
não levar o mundo à extinção,
levará o HOMEM ao fim e
BESTAS, bestas, bestas sobrarão,
bestas-feras! Humanas!!!

Meu Deus! vou parafrasear Castro Alves:
"Senhor Deus dos desgraçados...
dizei vos, Senhor Deus,
se é mentira ou se é verdade
tanto horror perante os céus?"
Ione

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