Projeto da Feevale atende pacientes com DPOC

Na Semana Municipal Sem Fumo, Projeto de Reabilitação Pulmonar se destaca
por proporcionar melhora na qualidade de vida de ex-fumantes

De 25 a 29 de maio, em que a Feevale participa da programação da Semana Municipal Sem Fumo, um projeto se destaca, na Instituição, como uma iniciativa inovadora na região. Trata-se do Projeto de Reabilitação Pulmonar, realizado pela Feevale, através da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários (Proacom), dos Institutos de Ciências Humanas, Letras e Artes e Ciências da Saúde e do Laboratório de Estudos da atividade Física, do Exercício e dos Esportes (Leafees).

O projeto, que é gratuito, atende pacientes, encaminhados por clínicas ou que saibam dele por indicação, que sofrem da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). Sob a denominação de DPOC estão as doenças conhecidas como enfisema pulmonar e bronquite crônica, causadas principalmente pelo ato de fumar de longa data.

Nos encontros, que ocorrem nas segundas, quartas e sextas-feiras, das 8h30min às 11h30min, são feitos trabalhos interdisciplinares, que incluem reeducação alimentar com nutricionistas, acompanhamento psicológico e realização de atividades aeróbicas e musculares. O tratamento é de extrema importância, pois cerca de 80% dos pacientes com DPOC foram fumantes durante muitos anos.

Segundo o coordenador do Projeto de Reabilitação Pulmonar e professor do curso de Fisioterapia da Feevale, Paulo José Zimermann Teixeira, já foram atendidos cerca de 300 pacientes. Passaram mais de 150 alunos de graduação por ele, assim como diversos Trabalho de Conclusão de Curso (TCCs) já abordaram o tema. Por possuir uma interface com a pesquisa, através do Programa de Mestrado em Qualidade Ambiental - pelo fato de o tabagismo passivo ser um problema de qualidade do meio ambiente -, saíram, ainda, do projeto, dissertações de mestrado e teses de doutorado.

A DPOC compromete a qualidade de vida e a independência de quem sofre da doença. Pela dificuldade de respiração causada pela obstrução das vias pulmonares, prejudica a realização de tarefas simples, como tomar banho ou ir ao mercado, por exemplo. A reeducação proposta pelo projeto proporciona uma melhora considerável destes pacientes, em sua maioria idosos, para quem a possibilidade de retorno da independência é uma vitória.