terça-feira, 27 de abril de 2010

SEU DINHEIRO - Luiz Percy Denardin

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Mercado ignora o que está embaixo do nariz


Depois que o Índice Bovespa subiu 82,66% em 2009, gestores, analistas e investidores estão suando a camisa para encontrar ações que ainda possuem um bom potencial de valorização. Eles ignoram o que está embaixo do nariz. A Petrobras, a ação mais líquida da bolsa, é hoje uma das mais desvalorizadas. Estar atrasada, no entanto, não é garantia de que o papel irá subir. Só que, no caso da Petrobras, um número cada vez maior de profissionais acredita que um processo de recuperação está próximo.


O diretor de investimentos da Fundação Cesp, Jorge Simino, faz parte desse grupo. Ele acredita que dois grandes fatores levam a crer que os papéis da estatal devem voltar a subir. O primeiro é o próprio desempenho do ativo tão abaixo do mercado como um todo ou comparado com outras importantes ações da Bovespa, como a Vale. Desde o anúncio da capitalização da Petrobras com a cessão onerosa de 5 bilhões de barris, no fim de agosto do ano passado, as preferenciais (PN, sem voto) da companhia sobem apenas 6,43%, enquanto o Ibovespa se valoriza 20,47%. Já as ordinárias (ON, com voto) caem 0,96%. Só neste ano, as PN caem 6,63%, as ON, 7,48%, e o índice sobe 1,34%.

O segundo fator é a própria capitalização, que, a cada dia que passa, fica com o prazo mais apertado para ocorrer ainda este ano, antes da eleição presidencial. "Vem ganhando força no mercado a ideia de que essa capitalização terá de ser substituída por um aumento de capital tradicional", diz Simino. Por incrível que pareça, essa perspectiva do gato subir no telhado é positiva especialmente para as ações, já que elas empacaram graças a todas as dúvidas que envolvem a operação.



"Sem essa pedra no sapato as ações ficam livres para subir, até porque esse era o único empecilho; operacionalmente a companhia vai muito bem, obrigada", diz o diretor da Fundação Cesp. Para que a capitalização ocorra antes das eleições, o mercado acredita que ela precisa ser aprovada pelo Congresso até o fim de maio, lembra Simino. Se o prazo se estender para junho/julho pode ficar difícil, pois começam as férias no Hemisfério Norte, onde estão os investidores estrangeiros. Além de ficar muito próximo das eleições. "Se a operação for aprovada até fim de maio e tudo correr rapidamente e bem dá para imaginar que a oferta se concretize até o fim de julho, só que isso vai se tornando otimista demais", diz Simino.

Com esse cenário, ele acredita que é razoável supor que as ações da Petrobras podem no mínimo tirar o atraso que hoje elas apresentam em relação ao mercado. Considerando os números até sexta-feira, as PN da estatal teriam de subir 13% só para se igualarem à alta do Ibovespa desde agosto do ano passado. Vale lembrar também que, se o mercado piorar seja por causa do cenário externo, com Grécia, por exemplo, ou pelas eleições, a Petrobras é uma das poucas ações que já caíram tudo que tinha para cair.

Daniele Camba é repórter de Investimentos

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