terça-feira, 28 de julho de 2009

DIRETO DO RIO DE JANEIRO - Nelson Tangerini





NESTOR TANGERINI



Nestor Tambourindeguy Tangerini, poeta satírico, jornalista, escritor, compositor, caricaturista (de estilo cubista), teatrólogo e professor de português, ex-funcionário do antigo DCT (Departamento de Correios e Telégrafos), nasceu a 23 de julho de 1895, em Piracicaba, Estado de São Paulo, e faleceu no Rio de Janeiro em 30 de janeiro de 1966.

Compôs Dona Felicidade, em parceria com Benedicto Lacerda, valsa gravada em 1937 por Castro Barbosa para o selo RCA Victor.

Na década de 20, freqüentava a roda intelectual do legendário Café Paris, em Niterói, então capital fluminense, na companhia de Luiz Leitão, Mazzini Rubano, Renê Descartes de Medeiros, Luiz de Gonzaga, Brasil dos Reis, Mayrink, Olavo Bastos, Gomes Filho e Apollo Martins, e publicava, nos jornais da cidade fundada pelo Cacique Araribóia, crônicas e poesias, com os pseudônimos João da Ponte, João do Paris, João de Niterói e Pastaciuta.

Nessa época, residia na Alameda São Boaventura, no. 1085, bairro Fonseca, em Niterói, Estado do Rio de Janeiro.

Autor de revistas, Tangerini escreveu inúmeras peças de teatro. Entre 1936 e 1937, escreve Estupenda!, Magnífica!, Na Dura!, No Tabuleiro da Baiana e Gol! para a Cia. Teatral Jércolis.

A imprensa do Rio de Janeiro insiste em dizer que essas peças foram escritas pelo empresário de teatral Jardel Jércolis.

Em suas peças – encenadas pela Cia. Jardel Jércolis ou por outras companhias teatrais - trabalharam Oscarito, Aracy Cortes, Dercy Gonçalves, Grande Otelo, Henriqueta Brieba, Walter Dávila, Antônia Marzullo (sua sogra), Dinorah Marzullo Pêra (sua cunhada), entre outros.

Em 1947, fundou, com o locutor Lourival Reis, o Professô Zé Bacurau, o caricaturista Abel, Iêda Reis, o compositor Aldo Cabral, com quem escreveu as peças Pra Deputado, Cadeia da sorte, Boa Boca, Lição Doméstica e esquetes para a TV Continental, e Maurício Marzullo (seu cunhado), a revista de humor e sátira O Espêto, onde publicava sonetos, trovas, crônicas, esquetes, caricaturas e monólgos com diversos pseudônimos – Dom T., Conselheiro Armando Graça, João da Ponte, Conselheiro XX Mirim, José Oitiçoca, Mme. Chaveco, Malba Taclan, Álvaro Amoreyra, Pierrot (T.), T., Humberto dos Campos, X. Toso, B. Lírio Neves e Benedito Mergo Lião.

Tangerini, que pertencia ao clã dos Marzullo, era genro da atriz de rádio, cinema e teatro Antônia Marzullo (como já citamos acima), mãe da atriz Dinah Marzullo Tangerini (sua esposa), irmã da atriz Dinorah Marzullo Pêra (esposa de Manuel Pêra e mãe das atrizes Marília e Sandra Pêra) e pai de Nirton, Nirson e Nelson Tangerini, Maurício Marzullo, advogado e poeta, casado com Antonietta Saturno Marzullo, e pai de Letícia, Marisa, Maria da Graça e do advogado Maurício Jorge Saturno Marzullo.

Nestor Tangerini era deficiente físico e visual: não tinha o braço esquerdo e a vista direita.


Caricatura de Osvaldo Aranha



Texto de: Nelson Marzullo Tangerini, 53 anos, professor de Língua Portuguesa e Literatura, jornalista, escritor, poeta, compositor e fotógrafo. É membro do Clube de Escritores Piracicaba [ clube.escritores@uol.com.br ] , onde ocupa a Cadeira 073 Nestor Tangerini.



nmtangerini@yahoo.com.br, nmtangerini@gmail.com



http://narzullo-tangerini.blogspot.com/



http://nelsonmarzullotangerini.blogspot.com/

Nenhum comentário:

Postar um comentário