terça-feira, 6 de outubro de 2009

PAPO DE CULTURA - Ione Jaeger




De Benedito Franco

Diminuíram-se os volumes de todos os iogurtes!... e os preços foram aumentados! Recorrer a quem?... Ah!... o pessoal está na Dinamarca...



Nunca comprei uma Coca-cola para minhas filhas e a uso somente quando como algo pesado ou suspeito – desmancha tudo! Já desentupiu pia com ela?... Imagine o que faz no estômago de uma criança...


E a margarina, que nem bactéria come?... É puro plástico! Duas coisas que bactéria não come: mel, por ser bom demais, e margarina, por ser ruim demais!





010 - Graças a Deus! (I parte)



Em casa - onze filhos - todos bem comportados. Mamãe muito severa - teria que ser mesmo. Já pensou, onze meninos fazendo e desfazendo?

- Mamãe! Me dá dinheiro pra mim comprar um picolé?

- Dou, mas vai lavar as vasilhas da pia.

- Mamãe, tem duas empregadas lavando as vasilhas...

- Tem problema não. Coloque elas sentadas, para elas verem se está lavando direito. Até bom para elas descansarem um pouco.

Ou:

- Mamãe! Me deixa jogar futebol?

- Deixo, mas vai na prateleira de sapatos e engraxa todos.

- Engraxei ontem, mamãe!

- Engraxe de novo e vai para o futebol.

Nunca negava. Dava sempre um jeito para nos satisfazer.

Mas, se desistíssemos, teríamos de fazer assim mesmo o que ela mandava - sem o prêmio.

Gostaria muito de pregar alguns pregos nas paredes. Nem o papai, e muito menos a mamãe, deixavam. Quanta arte onze meninos pregando pregos nas paredes! Não sobrariam pregos e, muito menos, paredes. Teríamos de ir para as casas dos vizinhos pregar - não ficaria bem. Hoje prego pregos por toda parte e nunca proibi as filhas de o fazer - já o fiz com juros e correção monetária! Grande consolo...



Irmãos



A mais nova dos irmãos, a Rose (Princesa, para nós), hoje médica, muito certinha, de gênio forte e decidido. Papai gostava dela ajudando na loja.

O mais novo que eu, o José Maurício, eu moreno e ele loiro de cabelos compridos e cacheados, hoje falecido, muito carinhoso e simpático. Ele e eu sempre juntos - o preto e o branco!

A menos nova das mulheres - nunca são as mais velhas! – a Deuzinha, sempre ajudando e amparando os irmãos. Dava banho de bacia em quase todos.

Mas...



...De lascar!



Havia um mau elemento na turma: o Geraldinho. Terrível! De lascar!... como dizia papai. Atormentava a todos. Por onde passava, dava um beliscão numa menina, puxava os cabelos de outras, trupicava aqui e ali, batia uma porta, jogava alguma coisa no chão. Sempre com um trejeito, gracejo ou piada. Tinha compensações também: muito engraçado, cômico mesmo. Quando estávamos reunidos, tinha algo a nos fazer rir. Gostávamos e ríamos dele também (até hoje!).

Mas não deixava de ser terrível!

O Paulo, várias vezes prefeito de Fabriciano - e nosso primo, filho de uma prima-primeira de Vovó Olinda - tinha um comércio em frente à nossa casa - um pequeno mercado. Mamãe propôs-lhe pagar para ele colocar o Geraldinho em sua venda - ele aceitou!

- Graças a Deus o Paulo aceitou! - disse aliviada a mamãe – algumas horas livres do Geraldinho... Alívio para todos!

O menino mudou! Mudou na loja, porque em casa, durante algum tempo, continuava o mesmo! Começou a se mostrar caprichoso no que exercitava: bom vendedor e bom arrumador.

Depois de algum polimento por parte do Paulo e dele mesmo, trabalhou na Loja Vieira, de armarinhos e fazendas (tecidos), onde mostrou todo o talento de decorador, expondo e exibindo os tecidos de maneira muito original. Um esmero e uma dedicação únicos. O Vieira, o dono da loja, e a família vibravam com ele.

Com as mesmas qualidades, trabalhou na loja do José Avelino, infernizando a vida da Marilda, de Jampruca, hoje esposa de nosso primo Guido da Tia Dedê.

Nos estudos ia muito bem, no Colégio Salesiano de Acesita...

Sem que ninguém imaginasse, embora tenha tido dois irmãos seminaristas - Pedrinho, no Caraça, e eu em Congonhas – o Geraldinho resolveu ir para o seminário dos Padres Salesianos em Pará de Minas...



Benedito Franco





Vamos doar sangue? Se você não pode, encaminhe um parente ou um amigo!

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