quarta-feira, 8 de julho de 2009

PAPO DE CULTURA - Ione Jaeger




CONFRATERNIDADE
Joaquim Moncks


A CASA DO POETA BRASILEIRO, que usa a sigla POEBRAS - com acentuação no ‘bras’ -, tem por objetivos primordiais cultuar, cultivar, divulgar, valorizar, promover a arte poética, congregando e prestigiando os que fazem versos e os que dizem versos.
É uma Casa fraternalmente aberta aos amantes da “arte melódica e harmoniosa da literatura: sua excelência, a Poesia”. Mas não é restrita unicamente àqueles que fazem versos. Pretende-se que nestas casas espirituais sejam congregados, numa proposta de CONFRATERNIDADE, todos os portadores de criatividade e inventiva que desejem partilhar o talento com a sua comunidade.
A Casa do Poeta é feita para todos e tem em seus quadros, além dos versejadores, escritores, músicos, cantores, declamadores, artistas plásticos, e demais pessoas interessadas na promoção da área cultural.
Abnegados ativistas culturais versejadores que têm na alma versos em cascata, e que fazem da poesia a beleza da vida, fundaram a POEBRAS em 24 de julho de 1964, vigente, no país, o movimento revolucionário desde abril do mesmo ano. Mesmo exercitando o direito de palavra e o de dizê-la, a POEBRAS nunca teve maiores problemas com o poder durante todo esse tempo.
A idéia da criação da POEBRAS nasceu junto com a Casa do Poeta Rio-Grandense – a CAPORI, designada como entidade-líder da Casa do Poeta Brasileiro. Ambas nascidas no Rio Grande do Sul, o Estado pioneiro no país na implantação dessas Casas, onde as pessoas se benzem e oram sob a forma de poemas, no templo espiritual da Poesia.
Nelson Fachinelli, o “Operário das Letras”, idealizador, fundador e pai dessas Casas, gaúcho de Porto Alegre, em assembléia com sessenta pessoas, plantou a Casa do Poeta Rio-Grandense e edificou a POEBRAS NACIONAL.
Ao ativista cultural Fachinelli coube a missão de conduzir os primeiros passos, permanecendo à frente da Casa do Poeta Brasileiro por trinta e oito anos. Mais tarde, a entidade passou a ser dirigida por Coordenadores Regionais que compõem a Deliberativa, ficando Fachinelli, desde então, com o encargo de COORDENADOR EXECUTIVO NACIONAL.
Responderam pela Coordenação Deliberativa os ativistas culturais Idalina Cotrin Appis e Oswaldo Névola, de São Vicente – São Paulo. Desde 2003 a coordenação é exercida pelo poeta João Justiniano da Fonseca, que a acumula com o exercício da presidência da POEBRAS SALVADOR.
Na capital gaúcha, de 1992 a 2003, o poeta e ativista cultural Joaquim Moncks funcionou como Consultor Jurídico Nacional, elaborando um anteprojeto de estatuto-modelo, o qual estimulou a organização de inúmeras Casas de Poetas em vários Estados.
Também em Salvador, Bahia, está sediada outra representatividade: a Revista da Casa do Poeta Brasileiro, sob a direção e organização do poeta João Justiniano da Fonseca, que já editou e fez editar seis números, de 1999 até esta data.
A Casa do Poeta Lampião de Gás, de SP, capital, criada pela poetisa Colombina, em 1948, é reverenciada como a entidade-máter, desde a fundação da POEBRAS NACIONAL. Foi nela que o fundador se inspirou para criar a CAPORI. Seu maior desejo sempre foi o de ver a coirmã de São Paulo articulada com a POEBRAS.
A idéia da criação destas Casas da Poesia surgiu quando Fachinelli participou, em 1962, na cidade de Santos, SP, das comemorações do centenário do poeta Martins Fontes. O seu piedoso coração lírico sonhara a poesia espalhada como uma bênção de amor por toda a nação brasileira.
A POEBRAS BRASÍLIA foi instalada pelo consagrado poeta J.G. de Araújo Jorge, que foi deputado federal por várias legislaturas, o qual manteve, durante muitos anos o programa radiofônico ‘Salão Grená’, pelos microfones da Rádio Nacional, e que estimulou o culto da Poesia em todo o Brasil.
O Patrono Perpétuo da POEBRAS NACIONAL é o poeta baiano Castro Alves. O seu presidente de honra é Nelson Fachinelli, falecido em 26 de abril de 2006, em Porto Alegre.
Desde o X Congresso Brasileiro de Poesia, ocorrido em 2003, na cidade de Bento Gonçalves, na região serrana do RS, a Coordenação da POEBRAS é exercida por Joaquim Moncks, com sede operacional no RS.
A Casa do Poeta Brasileiro – POEBRAS NACIONAL, neste maio de 2007, está articulada em 70 (setenta) Casas de Poetas, em 18 sedes municipais e coordenadorias executivas distribuídas em (dezoito) Estados-Membros da Federação Brasileira, totalizando cerca de 3.000 (três mil) artistas da palavra. Destina-se a funcionar como representativa dos interesses do associativismo poético nacional, nos moldes de uma federação.
Por certo - espera-se -, abriremos portas junto ao Ministério da Cultura e sua toda poderosa Comissão Nacional de Incentivo à Cultura – CNIC, que detém as verbas para o fomento cultural do Brasil, hauridas pela dotação orçamentária e generosas contribuições das Confederações Nacionais da Indústria - CNI, do Comércio - CNC, e da Agricultura - CNA.
Desejamos que a POEBRAS NACIONAL seja reconhecida, para os efeitos de distribuição de verbas, como ‘Ponto Nacional de Cultura’ através da Secretaria de Programas e Projetos do MinC.
Esperamos, também, que o jurado investido de mandato da área de Literatura e Humanidades da CNIC, seja sensível aos projetos de cunho associativo-literários de âmbito nacional.
Num país que lê muito pouco, é possível que o exercício da confraternidade e do solidarismo seja a proposta que faltava para a preservação da Cultura.
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- O presente artigo só se tornou possível graças à abordagem do tema feita por Ione Jaeger, instituidora da POEBRAS NOVO HAMBURGO/RS, em 2003, publicado na Grande Rede. A forma atual, ampliada, se destina aos sócios da POEBRAS e pode servir como fonte importante de pesquisa histórica.





Joaquim Moncks - Oficial PM, na reserva. Advogado. Ativista cultural. Agente Literário. Poeta. Declamador. Conferencista. Ensaísta. Nascido a 29 setembro de 1946, em Pelotas, RS. De 1973 até 2004, entregou ao público seis livros individuais, no gênero Poesia. Tudo o que publicou em prosa está disperso em mais de uma centena de antologias e coletâneas. Vice-presidente da Academia Sul Brasileira de Letras, de Pelotas. Da Academia Literária Gaúcha - ALGA, da Sociedade Partenon Literário, da Casa do Poeta Rio-grandense – CAPORI e da Estância da Poesia Crioula - EPC, todas sediadas em Porto Alegre, capital do RS, onde reside. Em outubro de 2003, assumiu a Coordenação das Casas de Poetas do Brasil – POEBRAS NACIONAL, entidade líder do associativismo literário, com 55 sedes municipais em onze Estados-membros da Federação Brasileira. Idealizador, fundador e primeiro presidente da Academia Brigadiana de História, Artes, Ciências e Letras – ABRHACEL, que congrega os intelectuais da Brigada Militar do Estado do RS. Edita o Suplemento Literário OFFICINARIUM – AMOR & INCLUSÃO SOCIAL, do Jornal RS LETRAS. Endereço eletrônico: joaquimmoncks@gmail.comhttp://recantodasletras.uol.com.br/visualizar.php?idt=483228

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