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MERCADO 20/10/09
Entrada de capital estrangeiro.
Parece que parte do que questionei ontem, pelo menos sinalizou alguma resposta hoje. Na véspera, o Ministro Guido Mantega anunciou a decisão de impor uma taxação IOF com uma alíquota de 2%, ao capital estrangeiro destinado a investimentos e, renda fixa e variável, valendo registrar que a entrada de capital direto permanece sem tributação. A medida tem como objetivo inibir , o que segundo o Ministro seria "um excesso de especulação na bolsa de valores e no mercado de capitais em razão da grande liquidez existente no mercado internacional". A medida visa evitar, um excesso de valorização do real , o que no entendimento da autoridade monetária, traz como conseqüência um encarecimento das exportações e um aumento expressivo nas importações, fato que vai em prejuízo da produção nacional e da conseqüente diminuição do nível do emprego doméstico. Isto caracteriza um dualidade interessante, pois seria difícil a pouco tempo imaginar, o governo empenhado em evitar valorização do Real. Embora negado pelo governo tal intenção, a medida aumenta a arrecadação ( estimada na bagatela de R$ 4 bilhões anuais ) e que se apresenta em declínio desde o inicio da crise e como seria de se esperar, as diversas entidades reagiram de forma diferente, pois um ato de tal impacto, além de aumentar a arrecadação do governo, certamente irá trazer contrapartida positiva para alguns segmentos e negativo para outros. Em resposta ao fato, aconteceu uma fuga do capital estrangeiro, o que contribuiu bastante para a derrubada do Ibovespa, e foi fundamental parra a derrocada do Ibovespa e na outra mão ocasionou a terceira alta consecutiva do dólar, que registrou hoje forte avanço.
Principais bolsas norte-americanas registraram recuo.
Lá fora, as principais bolsas norte-americanas encerraram em queda nesta terça-feira (20), após indicadores econômicos frustrantes sobrepujarem a divulgação de resultados corporativos favoráveis. As commodities se ajustaram após seis sessões consecutivas de alta e também impactaram a renda variável. Tanto a construção de casas como as autorizações para novas construções recuaram em setembro, vindo abaixo das expectativas e dos números do mês anterior e também o índice de preços do produtor decepcionando também.
Já o Petróleo, após ontem marcar sua oitava sessão consecutiva de alta, renovando recorde anual, hoje encerrou o rali e inverteu o sinal. Em Londres o BRENT fechou a US$ 77,24 ( queda de 0,68% ) e em Nova York, na Nymex fechou cotado a US$ 79,09 por barril ( queda de 0,65% ).
Por aqui, chegando a perder o patamar dos 65.000 no intraday, e em sua maior perda diária desde o dia 22 de junho último, o indice domestico encerrou registrando expressiva queda, sendo a principal causa, esclarecida ma matéria de abertura do boletim de hoje, com medida governamental repondendo ao entendimento de estar haver um excesso de capital estrangeiro especulativo ingressando no Brasil, e pretende evitar "uma bolha que stá se fomando na bolsa". Destaque para a Vale que gastará no Brasil aproximadamente dois terços dos US$ 12,9 bilhões listados no seu plano de investimentos, à medida que o CEO (Chief Executive Officer) Roger Agnelli procura reduzir as tensões políticas com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que criticou a companhia por não investir em projetos nacionais nas áreas de siderurgia e mineração. Oscilando entre os 64.075 pts. e os 67.230pts, com um expressivo volume financeiro de R$8,92 bilhões, o IBOVESPA acabou fechando aos 65.439 pontos, representando uma queda de 2,68% em relação ao fechamento anterior. No diário, em movimento lateral, entregou parte dos ganhos da ultima quarta-feira, e todos os posteriores.
Não houveram ativos participantes do índice com ganhos. Com perdas generalizadas, as maiores do dia ficaram por conta da BMFBovespa ( 8,41% ), Cyrela R ON ( 6,22% ), CCR Rod ON ( 5,62% ), Redecard ON ( 5,31% ) e Net PN ( 5,15% ).
Já o dolar comercial, em resposta a medida do IOF para capital estrangeiro, a moeda norte-americana inaugurou sua terceira sessão consecutiva de ganhos, e com a tradicional contribuição da intervenção do Banco Central através de leilão de compras a vista. A moeda norte-americana fechou cotada hoje a R$1,7510 representando uma forte alta de 2,34% em relação ao fechamento anterior.No mes acumula ainda acumula desvalorização de 1,18% e no ano de 2009 a desvalorização chega a 24,99%. No mercado paralelo avançou e foi negociada R$1,8700, representando um ágio de 6,80% em relação ao dólar comercial.
INDICES INTERNACIONAIS
Dow Jones - queda de 0,50%
>Standard & Poor’s 500 - queda de 0,62%
> Nasdaq - queda de 0,59%
>FTSE 100 - queda de 0,72%
Nikkei - alta de 0,98%
Merval - queda de 0,26
>WINFUT queda de 2,74% - 64.770,00pontos - no ano 73,95%
> IBOVESPA queda de 2,68% - 65.438,66 pontos - no ano 74,27%
Segue abaixo o fechamento de hoje dos principais ativos e ao lado o resultado acumulado de 2009.
- BVMF3 queda de 9,45% - 12,27 ( MIN 11,72, MAX 12,56 ) no ano 108,32%
- PETR4 queda de 2,09% - 36,58 ( MIN 36,02, MAX 37,06 ) no ano 60,16%
- VALE5 queda de 1,86% - 40,63 ( MIN 39,68, MAX 41,04 ) no ano 70,07%
- GGBR4 queda de 1,98% - 29,21 ( MIN 28,16, MAX 29,66 ) no ano 93,96%
- ITUB4 queda de 2,05% - 36,26 ( MIN 34,98, MAX 36,41 ) no ano 38,93%
- CSNA3 queda de 2,46% - 61,40 ( MIN 59,22, MAX 62,21 ) no ano 111,72%
- USIM5 queda de 3,87% - 52,10 ( MIN 50,80, MAX 53,45 ) no ano 96,46%
- CYRE3 queda de 5,19% - 25,60 ( MIN 24,25, MAX 26,49 ) no ano 181,94%
- RSID3 queda de 4,10% - 13,32 ( MIN 12,63, MAX 13,57 ) no ano 260,07%
IBOVESPA - Chegou a cair quase 4,7% até poir volta das 13:40 horas, quando atingiu a minima do dia. A partir dai, seguiu em canal de alta recuperando partes das perdas mas não conseguiu fôlego suficinete para evitar o campo negativo. Acabou fechando aos 65.439 pontos, representando uma queda de 2,68% em relação ao fechamento anterior. No diário, em movimento lateral, entregou parte dos ganhos da ultima quarta-feira, e todos os posteriores.
MIN do dia 64.075 pontos / MAX do dia 67.230 pontos
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