terça-feira, 21 de julho de 2009

SEU DINHEIRO - Luiz Percy Denardin


Denardin Assessoria Empresarial Ltda.



MERCADO FINANCEIRO 20.07.09
Bolsas norte americanas fecham com avanço.


Lá fora, as bolsas norte-americanas e européias encerraram com ganhosinstáveis neste inicio de semana, e com o CIT Group dominando o noticiário internacional, fechou um acordo para receber US$ 3 bilhões de um grupo de detentores de títulos, segundo agências internacionais, cuja medida evitaria uma eventual concordata e, com isso, as ações da instituição tiveram como resposta uma disparada de 78,57%.

Por outro lado, os ativos do Bank of America recuaram 5,04%, e os ativos do Citi tiveram queda de 7,62%. Em Las Vegas, as ações do Las Vegas Sands avançaram 14,78% neste pregão, considerando os planos de seu dono, Sheldon Adelson, para realizar uma oferta inicial de ações em Hong Kong, no próximo mês, assim como os papéis de outros cassinos apresentaram valorização como MGM Mirage de 8,04% e o Wynn Resorts 10,12%.

Também o Bank of America elevou a recomendação para as ações da Caterpillar de "neutral" (neutro) para "buy" (compra), e seus ativos tiveram como resposta uma 7,83%. Do mesmo modo, os papéis da Walt Disney encerraram com alta de 3,51% neste pregão, refletindo a elevação para "overweight" (acima da média) pelo Morgan Stanley, cujos analistas citaram a "qualidade superior das ações" frente aos concorrentes de TV à cabo. Para finalizar, uma pesquisa divulgada pela NABE (National Association for Business Economics) avalia que a recessão norte-americana está enfraquecendo e que apresenta sinais de recuperação.


Já o Petróleo, respondendo ao bom humor dos mercados neste inicio de semana, fechou com ganhos. Em Londres o BRENT fechou a US$ 66,44 ( alta de 1,62%), e em Nova York, na Nymex fechou cotado a US$ 63,98 por barril ( alta de 1,62%). Os mercados também estiveram atentos às declarações do ministro argelino de energia, Chakib Khelil, que indicou a possibilidade da Opep (Organização dos Países Produtores de Petróleo) concordar em fazer um novo corte de produção em sua próxima reunião, no dia 9 de setembro, e de acordo com o ministro, os preços da commodity deverão girar entre US$ 65 e US$ 70 ao final do ano, ficando acima de US$ 70 em 2010.



Por aqui, na cauda do bom humor exeterno, o indice doméstico obteve neste inicio de semana a sua quarta sessão consecutiva de ganhos, e a boa impressão trazida por estas referências voltou a afetar as cotações das commodities, em especial petróleo e metais básicos, que subiram. Em resposta, os ativos de Vale, Petrobras e siderúrgicas apresentaram bom desempenho na sessão. Destaque positivo do dia para os papéis da da Gafisa, em resposta ao Credit Suisse haver elevado o preço-alvo e sua recomendação às ações para outperform (acima da média de mercado), citando os recentes números preliminares positivos divulgados no setor.

Destaque negativo do dia ficou com os papéis da Redecard , que juntamento com BMF Bovespa tiveram rebaixamento nas recomendações do Goldman Sachs.Oscilando entre os 52.072 pts e os 53.262 pts, com um expressivo volume financeiro de R$ 7,77 bilhões, hoje inflado pelo vencimento de opções sobre ações, que movimentou R$ 2,46 bilhões, o IBOVESPA acabou fechando, aos 53.154 pontos, representando uma alta de 2,08% em relação ao fechamento anterior. No diário em seu quarto movimento de subida, em Linha de Tendência de Alat, próxima RES 53.563 pontos.


As maiores altas do dia ficaram por conta da Gafisa ON ( 6,94% ), Cosan ON ( 6,26% ), TAM PN ( 6,25% ), Lojas Renner ON ( 5,73% ) e Gerdau PN ( 4,69% ). As maiores perdas do dia ficaram por conta da Redecard ON ( 3,19% ), Sadia PN ( 2,51% ), BRF Foods ON ( 2,12% ), Cesp PNB ( 0,99% ) e BMFBovespa ( 0,76% ).

Já o dolar comercial, fem função das diversas referências positivas do dia, principalmente dos Estados Unidos, e a retomada dos preços das commodities, com nova intervenção do Banco Central, como tem acontecido nas últimas sessões, fecha em sua sexta sessão consecutiva de perdas. A moeda norte-americana fechou cotada hoje a R$1,9020 apresentando um recuo de 1,24% em relação ao fechamento anterior. No mes acumula desvalorização de 3,01%, e no ano de 2009 desvalorização de 18,53%. No mercado paralelo recuou e foi negociada a R$2,04, representando um ágio de 7,26% em relação ao dólar comercial.

INDICES INTERNACIONAIS

Dow Jones - alta de 1,19%
Standard & Poor's 500 - alta de 1,14%
Nasdaq - alta de 1,20%
FTSE 100 - alta de 1,25%
Nikkei - alta de 0,55% em 17/07
Merval - alta de 1,83%
WINFUT alta de 2,23% - 53.520,00 pontos - no ano 37,76%
IBOVESPA alta de 2,08% - 53.154,93 pontos - no ano 38,67%
Segue ao lado o fechamento de hoje dos principais ativos com o resultado acumulado de 2009 :
- BVMF3 queda de 0,76% - 11,75 ( MIN 11,66, MAX 12,15 ) no ano 99,49%
- PETR4 alta de 1,27% - 31,90 ( MIN 31,82, MAX 32,15 ) no ano 39,67%
- VALE5 alta de 3,05% - 31,10 ( MIN 29,87, MAX 30,35 ) no ano 30,18%
- GGBR4 alta de 4,69% - 21,65 ( MIN 20,90, MAX 21,68 ) no ano 43,76%
- ITUB4 alta de 4,22% - 32,57 ( MIN 31,13, MAX 31,70 ) no ano 24,79%
- CSNA3 alta de 4,17% - 45,51 ( MIN 44,21, MAX 45,51 ) no ano 56,93%
- USIM5 alta de 2,68% - 39,53 ( MIN 39,01, MAX 39,80 ) no ano 49,06%
IBOVESPA - Subiu 2,11% nos primeiros 30 minutos de pregão, e passou o restante do dia em movimento lateral. Acabou fechando, aos 53.154 pontos, representando uma alta de 2,08% em relação ao fechamento anterior. No diário em seu quarto movimento de subida, em Linha de Tendência de Alat, próxima RES 53.563 pontos.
MIN do dia 52.072 pontos / MAX do dia 53.262 pontos.

Você conhece James Harris "Jim" Simons ?

Nascido em 1938, é um cidadão americano, matemático, acadêmico, operador no mercado financeiro e filantropista. Em 1982, Simons fundou a Renaissance Technologies Corporation, uma empresa de investimentos privados com sede em New York, que gerencia mais de US$ 20 bilhões. Simons está no comando, como CEO, daquele que atualmente é um dos mais bem sucedidos fundos de hedhe do mundo. Segue abaixo matéria sobre o assunto, publicada no informativo Infomoney de hoje.

Personagens do Mercado: os segredos de Jim Simons, 20 anos à frente de Wall Street
Fonte InfoMoney

Personagens do Mercado sempre se atenta para as figuras que marcam ou de alguma forma marcaram o ambiente dos investimentos. Alguns nomes são muito conhecidos, outros menos. Falando de desempenho, inevitavelmente surgem à mente nomes como George Soros e Warren Buffett. Jim Simons aparece para poucos.

Mas Simons é unanimidade. Mesmo sem a mesma fama de muitos outros, é um estrategista imbatível quando se colocam os números na mesa. A menor exposição pode ser atribuída ao fato de Simons não gostar dos holofotes. Ele não comenta sobre suas estratégias e, de certa forma, vai contra os princípios tradicionais de Wall Street.

O melhor do mundo
Hoje aos 71 anos, o investidor é sócio-presidente da Renaissance Technologies, hedge fund especializado em fundos quant. Sua performance é impressionante. Desde sua abertura em 1988, o Medallion Fund, mais antigo produto da Renaissance, acumula retorno anual de 35,6% até o ano passado. O Medallion não opera ações, mas Treasuries, câmbio, commodities e derivativos.

Segundo matéria da EuroMoney datada de março de 2008, o Medallion rendeu 2.480% a seus cotistas em um período de 11 anos encerrados no final de 1999. De longe a melhor performance dentre todos os fundos semelhantes. Em segundo lugar aparece o Quantum Fund de George Soros, que conseguiu 1.700% no mesmo período.

Isto até 2008. Aí que a habilidade de Simons como gestor é reforçada. No ano em que praticamente todos perderam no mercado, a Renaissance Technologies lucrou US$ 2,5 bilhões, com impressionante retorno de 80% do Medallion. Com este desempenho, liderou o ranking de 2008 dos melhores gestores de fundo da Alpha Magazine, que considera as taxas de administração cobradas.

Máquina à frente nas decisões
Mais intrigante é a maneira que a Renaissance opera. A firma sediada na pequena cidade de East Setauket, no estado de Nova York, conta com aproximadamente 200 funcionários. Destes, apenas dois são formados em finanças e possuem carreira em Wall Street. O restante são estudiosos de astrofísica, matemática, linguística, ciência da computação ou estatística. Cerca de um terço é Phd em sua área.

Simons é referência quando se fala em fundos quantitativos. Utiliza softwares avançados para a tomada de decisões, fator que limita a exposição das operações às oscilações emocionais de seu gestor. Entre as modalidades difundidas por seus fundos, destaque para os "high frequency", modelos que se adaptam em tempo real a qualquer oscilação diária do mercado, propondo uma série de alternativas ao investimento instante por instante.

Os esforços dos mais de 200 cientistas da Reinassance vão para o desenvolvimento de modelos matemáticos complexos, cuja proposta é analisar e executar as ordens automaticamente. A cada variação do intraday, alguns de seus modelos geram centenas de respostas em segundos, incorporando qualquer informação ou variável. As ordens são soltas não por gestores, mas pelos computadores.

A fórmula secreta
Como James Harris Simons não comenta sobre suas estratégias, alguns chegam a questionar a possibilidade de, lá na frente, seu fundo se provar uma nova pirâmide Madoff. Mas o Medallion, por exemplo, já foi fechado para novos aportes, atualmente administrando mais de US$ 7 bilhões. Atualmente, trabalha com recursos apenas de Simons e seus funcionários. Caso alguém saia prejudicado, serão eles mesmos.

Em 2003, dois funcionários que haviam trabalhado na Renaissance revelaram alguns segredos de Simons. Seus modelos utilizam informações dos livros de ofertas, de ordens que ainda não haviam sido executadas. Como exemplo, identifica uma grande venda de determinado ativo e formula opções centavos antes, usando aquela ordem para cobrir simultaneamente sua posição.

20 anos à frente
Fica nisto. A ausência de maiores informações também responde ao fato dos empregados de Simons não terem do que reclamar. Poucos deixaram a Reinassance até hoje, seja pelos bônus milionários, seja pela simplicidade, pelo bom humor ou pela preocupação demonstrada com seus funcionários. O curioso restante de Wall Street trata o gestor como mito.

A possibilidade de sempre bater o mercado é vista com muito ceticismo. Ao longo dos anos, alguns argumentos pesam contra esta tese, como a performance ruim de Buffett em 2008, a queda do LTCM - Long Term Capital Management - no final da década de 1990, ou a pausa de Soros alguns anos atrás. Enquanto não se prova o contrário, Simons segue na frente dos índices.

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