quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Prefeito promove debate sobre horário dos mercados



Com a finalidade de proporcionar um debate aberto sobre o projeto de lei que restringe o horário dos hiper, super e mini mercados em Novo Hamburgo, o prefeito Tarcísio Zimmermann recebeu na tarde desta terça-feira, dia 1º de setembro, em seu gabinete, representantes de diversas entidades. Buscando um equilíbrio na abordagem, cada um dos convidados (confira lista abaixo) teve espaço igual para apontar suas opiniões, se contrárias, ou favoráveis, ao fechamento dos mercados aos domingos a tarde e a redução em uma hora nos atendimentos de segunda à sexta-feira. Acompanharam o prefeito os secretários Geral de Governo, Luis Lauermann, de Desenvolvimento Econômico, Trabalho, Tecnologia e Turismo, Carlos Finck, e o Procurador Geral do Município, Ruy Noronha.

Entre as definições da reunião, Tarcísio solicitou um novo encontro, desta vez no dia 9 de setembro, às 8h30, novamente em seu gabinete, para que cada um possa analisar todos os aspectos debatidos nessa primeira reunião e trazer novas sugestões. “Nós precisamos aprofundar os pontos de vista. Ainda não sei o que vou fazer, mas acredito no diálogo. Acredito que possa haver um desequilíbrio econômico nesta área, mas tenho dúvidas se esta lei, do jeito que está formulada, atende aos objetivos colocados”, apontou o prefeito. Entre as sugestões que foram colocadas durante o debate estão a elaboração de uma consulta popular e a discussão de novas ferramentas para proteger os pequenos comércios.

Debate

O debate iniciou com a fala do representante dos mini mercados, Juelcir Savanim. Ele apontou pela aprovação da matéria, já votada na Câmara hamburguense, e manifestou que o projeto de lei deverá fortalecer a economia local. “Os pequenos precisam se manter, pois geram imposto e empregos”, citou Savanim. Em seguida, o presidente do Sindicato Intermunicipal do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios do Rio Grande do Sul (Sindigêneros), Aldérico Zanettin, mostrou-se contrário a ideia, afirmando que é a favor da livre iniciativa no comércio. “É esta a posição do nosso sindicato”, disse. O diálogo entre os participantes continuou alternando as proposições até o seu final, quando o prefeito Tarcísio solicitou que cada um dos presentes reflitam sobre o assunto. “O governo também continuará estudando alternativas”, concluiu.

O que disseram os participantes:

“Sou a favor do veto. Entendemos que cada um faz a livre iniciativa”
Aldérico Zanettin – presidente do Sindicato Intermunicipal do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios do Rio Grande do Sul (Sindigêneros)

“Domingo é dia de descanso. Gostaríamos que a lei atingisse todo o comércio da cidade”.
Vitor Gatelli - Presidente Sindicato Comerciários

“Queremos que a dignidade da vida seja preservada. O ser humano merece o domingo como dia de descanso. Mas como vivemos em uma sociedade complexa, que seja realizada uma Consulta Popular”
Hardi Brandenburg – pastor da IECLB

“Sou contra, pois defendo a livre iniciativa”
João Francisco Micelli – representante da Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do RS (Fecomércio)

“Pela mobilização que foi criada e por acreditar que essa lei vai auxiliar os pequenos empreendedores, sou a favor. Vai dar um fôlego aos pequenos mercados em relação aos grandes”
Juelcir Savanim – representante dos mini mercados

“Esse projeto vem resgatar um pouco do domingo. Acredito que o homem tem direito a um dia sagrado. Nós não somos máquinas, somos pessoas humanas”
Dom Zeno Hastenteufel – bispo Igreja Católica

“Isto contribui para a diminuição do turismo no município”
Renato Correa da Silva – presidente do Sindicato dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Novo Hamburgo



“Assim se estabelece aos comerciários, no mínimo uma parte do domingo para descanso, uma vez que, por exemplo, não são oferecidos serviços públicos nesses dias para dar suporte a quem trabalha”.
Luiz Fernando Lemos – Fecosul

“O domingo foi instituído por Deus como o dia do descanso”
Aleino Rodrigues da Costa – pastor da Igreja Assembleia de Deus

“A restrição no horário é um tiro nó pé. Mas precisamos nos ajudar no comércio e criar um sistema de defesa”
Leonardo Silveira – presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Novo Hamburgo

“Temos que manter a chama da cidade do calçado acesa, se o comércio não estiver aberto, o que vamos faze em nossas cidades?”
Gerson Müller – presidente do Sindicato do Comércio Varejista (Sindilojas)

“Falo em nome das 1.155 empresas associadas, destas 100% são a favor da posição da ACI que é o veto do prefeito, pois acreditamos na livre iniciativa”.
Fátima Daudt – presidente da Associação Comercial e Industrial de Novo Hamburgo (ACI)

“Somos a favor da livre iniciativa. As empresas têm direito de abrir e ter sua liberdade de escolha quanto ao horário. Entretanto, respeitamos a posição do Sindicato”.
Francisco Miguel Schmidt - gerente executivo da Associação Gaúcha de Supermercados

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