sexta-feira, 4 de setembro de 2009

PAPO DE CULTURA - Ione Jaeger


Novo Hamburgo, setembro de 2000.




Grande Lupi





Ontem, véspera de CARNAVAL, encontrei com a MARIA ROSA e, QUEM HÁ DE DIZER, estava SOZINHA. Cumprimentou-me muito séria. Não parecia a mesma. Perguntou-me se eu tinha alguma notícia da MARGARIDA e do ZÉ DA PONTE. Disse-lhe que nada sabia. Surpresa com a MINHA IGNORÂNCIA, veja que TRISTE HISTÓRIA contou. ELA DISSE-ME ASSIM:
- SE ACASO VOCÊ CHEGASSE e visse ESSES MOÇOS fazendo uma LOUCURA, um verdadeira TORRE DE BABEL, por causa do casamento acabado, você os aconselharia uma VOLTA?
Atuando na defesa da união do casal, eu digo que foi uma JUDIARIA o que a vida fez com eles. É necessário bastante NERVOS DE AÇO para agüentar a trama da DONA DIVERGÊNCIA, em casos como esse. PERGUNTE AOS MEUS TAMANCOS qual o conselho que se pode dar para clarear o ROTEIRO DE UM BOÊMIO?
Dissecando o caso entre os dois:


- FOI ASSIM. Você sabe, a Margarida, às vezes, parece uma BRASA. Eles viviam em PONTA DE LANÇA. Um dia, Zé resolveu dar um CASTIGO para a moça. Provocou-lhe ciúmes. Fez uma HOMENAGEM à DONA DO BAR declamando EU NÃO SOU DE RECLAMAR. Ora, a reação de Margarida foi, após a discussão, a FUGA. Ele chorando muito, desesperado, confessou:

- SE É VERDADE que HÁ UM DEUS, ele sabe. O MEU PECADO foi amar demais. NUNCA pensei que ela iria embora. Sofro muito quando olho aquela CADEIRA VAZIA. Queria, apenas, assustar meu amor e o castigo maior foi o meu. Está sendo muito AMARGO suportar a sua ausência. Que o meu caso sirva de EXEMPLO para todos os amantes. Um ato impensado atua em mim como uma cruel VINGANÇA. Fui um cego. Minha FELICIDADE era ao lado dela, pois é melhor se brigar juntos do que chorar separados ... Hoje colho rosas murchas no JARDIM DA SAUDADE.

Um grande abraço, meu camaradinha!
Ione Jaeger
(o texto, segundo me disse Lupinho, passou a fazer parte do acervo - Lupicínio Rodrigues)

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