segunda-feira, 10 de maio de 2010

COLUNA DO SYLVIO SPERB

Proposta de implantação de um modelo para tratamento de dependentes químicos e seus familiares.










A Dependência Química é uma doença, 100% fatal.





Ninguém sobrevive a esta doença se não for controlada a tempo. É um mito pensar que Dependentes Químicos possuem algum discernimento espontâneo e que, em seguida, procuram um tratamento por mera introspecção própria.



“As vitimas desta doença não se submetem ao tratamento por mera introspecção própria”



Normalmente, eles somente “caem na realidade” através de uma longa série de crises que fazem desmoronar o seu quase impenetrável sistema de defesas:





Dessa forma, sentem-se obrigados a procurar ajuda. E quando não a fazem, perecem progressivamente. A doença envolve a pessoa em vários aspectos: físico, mental, psicológico e espiritual.





As características mais significativas e importantes da doença são as seguintes:



É uma doença primária, progressiva, crônica e fatal, mas que pode ser sustada. Esta é uma constatação perspicaz e pragmática dos fatos, que tem uma prova concreta na recuperação de milhares de pacientes, que hoje estão saudáveis e voltaram à sociedade, as suas famílias e aos seus trabalhos, de forma produtiva.



Sua recuperação vem desmistificar o paradigma de que, esta doença, por demais complexa e individual, não poderia ser tratada.





Quem contrai esta doença? Que tipo de personalidade pode se transformar num Dependente Químico?



Misteriosamente, todo tipo de personalidade pode se tornar num Dependente Químico. O fato é que a causa da doença é desconhecida. Para conseguir se tornar um Dependente Químico é necessário desenvolver uma tolerância ao agente usado.



A família do dependente químico também precisa de tratamento. E não somente um programa para a família.









O Estado ainda não possui uma estrutura adequada, capaz de oferecer vagas a todas as pessoas que necessitam se submeterem a um tratamento da doença da dependência química. O que sempre ouvimos é a famosa frase: Não há vagas ou não há vagas. .





Um sonho.........ou não?



Implantação de um serviço que possa tratar adequadamente por inteiro. Dependente Químico e suas famílias.





>>>>>>>> O QUE TEMOS >>>>>>>>>





Não há vaga, ou não há vagas, o sentido no plural já define ou pode nos mostrar a cronicidade, pois a inoperância de anos de políticas ou por falta de informações corretas e saudáveis definiu que já é uma situação contínua. É uma coisa diária.



E criou-se este novo conceito.





Cronicamente é passado como uma fala.





Nas mudanças dos servidores criou-se pelo tempo esta fala de ouvir, aceitar e executar: “Não tem vaga”, ou “não temos vagas”.



E por ouvir-se isto, as coisas são aprendidas, igual a mudar de salas ou de outros locais, coisas mais modernas. Mas o NÃO HÁ VAGAS é sombra que pela lógica permanece ao lado destas falas. Mudam-se os horários, e até as velhas fichas são modernamente mudadas. Seria até cômico se não fosse trágico as inúmeras conseqüências fatais, e a multiplicação de “andarilhos” na sociedade.



Os dependentes químicos, que já não são mais vistos, pois as alterações que sofreram pela progressão desta enfermidade os colocaram com uma visão de outras doenças, ou de maus tratos recebidos.



É sentido, assim, e aceito.



Quem paga o pato: uma população que é vista pela saúde enferma que sempre voltam aos postos de saúde, ou outras instituições em estados sempre piores. Vão receber as mesmas fichas ou atendimentos. São seres eternos ?



Pacientes doentes em filas modernas com poltronas, ar condicionado e novas técnicas modernas. Muitos recebidos por seus próprios familiares, muitas vezes.



“Não tem vaga”, ou mais categoricamente “nós não temos vagas”.



Passa de família a família.



Sabemos pela mídia uma fala do Ministro da Saúde que o Serviço de atendimento para Dependentes Químicos faliu.



As suas falas de “” atender “” nos mostram o contrário de tratar sim, a doença primária.





Temos os grupos de terapia, muitos dos quais não são convincentes para este tipo de tratamento, ou para melhor, não tem uma qualificação. Vivem ainda no tempo que estes pacientes vêm de um gama de pessoas com muitos problemas. O sintoma está na frente do conceito de doença. Está mais lá para o lado das pobrezas do mundo.



A maioria das pesquisas neste campo da saúde tem como amostras e referências, os locais sempre mais pobres,



.Não conheço trabalhos desta área nas principais avenidas,



Ou mais claramente nos condomínios.



Ou nos Hospitais, como Moinho de Ventos, ou seus super- poderosos sócios.





Fala-se que temos coisas que não podemos modificar.





Não podemos modificar o que não vemos. Mas ao identificar a possibilidade de mudar isto tem um alto ícone para tratar e sustar esta doença.



Poder tratar estes seres também bem humanos, ou não.





Terapias de Grupo.



Uma amostra dos que pelas alterações. Não estão aptos a esta dinâmica, em função das alterações clínicas.

Necessitam de receber ajuda médica e de desintoxicação.



Umas amostras:



Quadros de D.T, Convulsões alcoólicas, Síndrome de alucinação. Auditiva – Visual e Tato.



Histórias de Recaídas, Síndrome de Korsakoff, Wernick, Demência Alcoólica, Suicídios, Patologia do Ciúme.





Dependências de outras Drogas, ou história de Dependências Cruzadas.



Estes que ficaram de fora pelas alterações da doença química, hoje muitos são vistos como auxiliares para a limpeza da cidade.



Até já com uma nova cidadania, “catadores”.



E outros que aparecem com os seus bater palmas frente aos palanques ou outras festas.



Posso acrescentar mais um novo sinônimo.



“Estão fora da casinha”.





Baseado nas ponderações acima, e com uma visão ao lado de pessoas da nossa comunidade de se fazer um trabalho inédito. Este que ainda não é visível em uma tela da realidade atual.



Posso acrescentar como dever de um cidadão, uma amostra saudável para avaliar esta minha fala.



O site : Central Regional de Tratamento e Recuperação para Alcoolistas. Cidade de Lajeado. RS.





Ao solicitar um tratamento não tem uma resposta: “não há vaga”, ou “não temos vagas”.





Caso seja necessário, posso apresentar:





Um texto, ou historia completa do seu inicio e o trabalho atual, frente à comunidade da Região do Alto Taquari



e de outros estados da União.





Na necessidade a presença do Fundador e Diretor.





Esta que é a primeira Clínica Médica que desvinculou pacientes com histórias de dependências químicas dos Hospitais Psiquiátricos da America Latina.



E lá, o conceito “não tem vaga” morreu.





Pacientes de Imbituba, do Vale dos Lagos já receberam tratamos nesta clinica e estão bem vivos.



Tem hoje a Central uma estrutura única, que lhes



permite uma fala: Sim, “temos vagas”.





Hoje ainda persistem e ouvimos e lemos “coisas” que dos anos de 1950



Que foram acionados na América do Norte e não funcionaram.



“CRACK nem pensar”.



“Diga não as Drogas”.



“Combates as Drogas. As Drogas Mata”.



“Álcool e BR * Matam”. E outros ícones.





Isto são “coisas” pré-humanas, da parte dos



répteis que temos na área mais baixa da nossa massa rosada do cérebro.



Os répteis não têm um mapa para poder ouvir e computar estas ordens.



Dizer: “não”. Imbituba, 10 de maio de 2010.









SYLVIO SPERB: CONSULTOR EM DEPENDÊNCIA QUÍMICA

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