quarta-feira, 5 de agosto de 2009

SEU DINHEIRO - Luiz Percy Denardin


Denardin Assessoria Empresarial Ltda.



MERCADO FINANCEIRO 04.08.09

ALERTA - Excesso de liquidez pode criar nova bolha nos mercados.

Fonte - Infomoney

"Apesar de reconhecerem a importância de cada um dos responsáveis pela melhora de cenário nos últimos meses, os analistas do Deutsche Bank destacam os bancos centrais, que além de atuarem através dos instrumentos restritos de política monetária, também anunciaram uma série de medidas com o objetivo de injetar liquidez no setor financeiro, contribuindo assim para estabilizar um dos segmentos mais prejudicados pela crise. Por outro lado, devido à acentuada expansão dos gastos governamentais nas principais economias do planeta, diversos especialistas têm demonstrado preocupação com um potencial aumento da inflação e com um otimismo exagerado de boa parte dos investidores acerca da retomada da atividade global, especialmente tendo em vista a forte performance das bolsas no acumulado do ano. O temor do banco alemão também leva em conta a possibilidade de que os investidores novamente se contagiem pela abundância de liquidez nos mercados , definida pela instituição como um aumento do dinheiro em relação ao PIB (Produto Interno Bruto) , isto porque, ao contrário do cenário pré-crise, o excesso de liquidez agora se deve ao encolhimento da economia global, e não a fatores sustentáveis como um aumento do capital investido pela população."

Possibilidade de ajuste nos mercados
"Em suma, embora considere tais riscos limitados pelas difíceis condições vividas pela indústria e pelo mercado de trabalho nas maiores economias do globo, a equipe do Deutsche Bank alerta que o excesso de liquidez pode criar uma nova bolha sobre os preços dos ativos de risco nos mercados, podendo desencadear inclusive uma nova crise nos próximos anos. Entretanto, os analistas do banco voltam a ressaltar sua confiança na atuação dos bancos centrais, que, em sua opinião, já estão conscientes deste risco e devem implementar as chamadas "estratégias de saída" - reversão da política monetária, no caso através de um novo ciclo de aumento dos juros - assim que a economia global retomar o caminho do crescimento. Além disso, dados os elevados patamares das principais bolsas na atualidade, a instituição acredita ser apenas uma questão de tempo para que o apetite por risco entre os investidores volte a recuar, já que, em sua visão, o espaço para ganhos, ao menos no curto prazo, já se encontra bastante limitado e por isso, o banco não descarta um ajuste de posições nos próximos meses."



Principais bolsas norte-americanas avançam.

Lá fora, após abertura no negativo e apesar de transcorrerem a maior parte do dia neste campo, encerraram com ganhos, que embora modestos os índices Dow Jones e S&P 500 fecharam o pregão na sua maior pontuação nos últimos nove meses. Os destaques no setor financeiro ficaram por conta do Bank of América que viu seus ativos valorizarem 2,09%, enquanto que o suiço OBS amargou recuo de 7,57%., em resposta a divulgação de prejuízo maior que o esperado pelo mercado. No que se a indicadores refrentes ao mes de junho, o número de contratos de compra e venda de imóveis usados nos EUA veio acima do esperado, e a renda dos norte-americanos caiu. A novidade corporativa que dominou o noticiário se refere à PepsiCo, a qual comprará duas engarrafadoras por US$ 7,8 bilhões em dinheiro e ações. Assim, a companhia passa a ser detentora integral dos papéis de Pepsi Bottling Group e de PepsiAmericas, que teve como resposta um avanco de 5,09% no preço dos seus ativos..



Já o Petróleo, encerrou sem tendência em função das trajetórias distintas em resposta a forte volatilidade apresentada nos negócios do dia, com peso também do nervosismo com os estoques norte-americanos de petróleo. Em Londres o BRENT fechou a US$ 74,37 ( avanço de 1,11% ) e em Nova York, na Nymex fechou cotado a US$ 71,44 por barril ( queda de 0,22% ). Na área das previsões , o ministro do Kuwait, otimista em relação a recuperação econômica mundial, disse durante o dia em Roma, que espera que os preços da commodity oscilem entre US$ 70 e US$ 80 até o final de 2009.


Por aqui, de olho na instabilidade de Wall Street, o indice doméstico, com modesta alta consegiu fechar sua quarta sessão consecutiva de ganhos. Divulgado hoje o IPC-Fipe (Índice de Preços ao Consumidor) de julho, que apontou inflação de 0,33%, taxa 0,06 ponto percentual superior à registrada na medição anterior. Destaque positivo para os ativos da ALL, que mantendo a tendência de alta do pregão de ontem, apresentou a maior alta do dia, com valorização de 6,71%, seguido pelos ativos da Klabin e Cyrela e TIM, que respondem bem aos resultados da empresa. Na outra mão , o destaque negativo do dia ficou com os ativos da Telemar que recuaram de 2,71%, seguidos no mesmo sentido pelos papéis da Rossi Residencial e VCP. Oscilando entre os 55.727 pts e os 56.200 pts, com um volume financeiro de R$ 5,37 bilhões, o IBOVESPA acabou fechando aos 56.038 pontos representando um timido avanço de 0,07% em relação ao fechamento anterior. No diário, após testar os 55.000 pts por vários pregões, ontem rompeu na abertura embora tenha sido contido na barreira dos 56.000 pts. Próxima a esta região, entre os 56.800 pontos, encontra-se a retração de 38,2% dos números de Fibonacci vinda dos 73.920 pts, topo histórico do mercado, até o fundo do mercado em 29.435 pontos. Terminou o dia com um DOGI, que pode indicar um final de movimento, então os próximos dias poderão confirmar se reestabelece uma LTA, estabelece novo canal de alta ou se recua em movimento de correção. Mas atenção, apesar da tendência de alta vigente, o movimento de "correção"não pode ser descartado e seria até saudável, uma vez que o mercado apresentou um forte ritmo de altas consecutivas, sendo assim, é necessário ficar atento aos suportes em 55.000 pontos e 54.200 pontos, sendo que abaixo dos 54 mil pontos, o mercado volta a testar os 53.715 pontos e 53.250 pontos, com próximos suportes relevantes em 53.000 pontos e 52.635 pontos.

Já o dolar comercial, recuou pela quarta sessão consecutiva e renova a minima desde o mes de setembro de 2008, memso com o Banco Central realizando suas já tradicionais intervenções no câmbio. A moeda norte-americana fechou cotada hoje a R$1,8220 apresentando uma queda de 0,65% em relação ao fechamento anterior. No mes acumula desvalorização de 2,20%, e no ano de 2009 a desvalorização chega a 21,95%. No mercado paralelo recuou e foi negociada a R$1,950, representando um ágio de 7,03% em relação ao dólar comercial.

INDICES INTERNACIONAIS
Dow Jones - alta de 0,36%
Standard & Poor's 500 - alta de 0,30%
Nasdaq - alta de 0,13%
FTSE 100 - queda de 0,24%
Nikkei - alta de 0,22%
Merval - queda de 0,34%
WINFUT alta de 0,11% - 56.310,00 pontos - no ano 48,18%
IBOVESPA alta de 0,07% - 56.038,07 pontos - no ano 49,24%
Segue ao lado o fechamento de hoje dos principais ativos com o resultado acumulado de 2009 :
- BVMF3 queda de 1,56% - 12,00 ( MIN 11,90, MAX 12,39 ) no ano 103,74%
- PETR4 queda de 1,32% - 32,12 ( MIN 32,02, MAX 32,79 ) no ano 40,63%
- VALE5 queda de 0,03% - 33,04 ( MIN 32,82, MAX 33,51 ) no ano 38,30%
- GGBR4 alta de 0,84% - 22,69 ( MIN 22,29, MAX 22,99 ) no ano 50,66%
- ITUB4 alta de 0,88% - 34,30 ( MIN 33,68, MAX 34,47 ) no ano 31,42%
- CSNA3 queda de 1,44% - 48,60 ( MIN 48,06, MAX 49,78 ) no ano 67,59%
- USIM5 queda de 0,99% - 44,90 ( MIN 44,50, MAX 45,92 ) no ano 69,31%
IBOVESPA - Chegou a subir 1,17% até as 12:40 horas, quando atingiu a máxima do dia. Andou de lado até por volta das 13:50 horas, quando entreou em movimento declinante, recuperando o campo positivo sómente nos últimos 10 minutos do pregão, e práticamente na estabilidade ( DOGI ), acabou fechando aos 56.038 pontos representando um inexpressivo avanço de 0,07% em relação ao fechamento anterior. No diário, após testar os 55.000 pts por vários pregões, ontem rompeu na abertura embora tenha sido contido na barreira dos 56.000 pts. Próxima a esta região, entre os 56.800 pontos, encontra-se a retração de 38,2% dos números de Fibonacci vinda dos 73.920 pts, topo histórico do mercado, até o fundo do mercado em 29.435 pontos. Terminou o dia com um DOGI, que pode indicar um final de emovimento, então os próximos dias poderão confirmar se reestabelece uma LTA, estabelece novo canal de alta ou se recua em movimento de correção.
Mas atenção, apesar da tendência de alta vigente, o movimento de "correção"não pode ser descartado e seria até saudável, uma vez que o mercado apresentou um forte ritmo de altas consecutivas, sendo assim, é necessário ficar atento aos suportes em 55.000 pontos e 54.200 pontos, sendo que abaixo dos 54 mil pontos, o mercado volta a testar os 53.715 pontos e 53.250 pontos, com próximos suportes relevantes em 53.000 pontos e 52.635 pontos.
MIN do dia 55.727 pontos / MAX do dia 56.656 pontos.

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