quinta-feira, 5 de novembro de 2009

FOCO CRISTÃO - Cristian Dahmer





O TEXTO FORA DO CONTEXTO – 2ª PARTE






“Sabendo, primeiramente, isto: que nenhuma profecia da Escritura provém de particular elucidação; porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens [santos] falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo.”


(2 Pedro 1. 20-21, Bíblia Sagrada, Almeida Revista e Atualizada).





Os leitores assíduos de meus artigos semanais tiveram contato na última semana com uma mensagem onde eu falava sobre as interpretações equivocadas da Palavra de Deus, a Bíblia, quando algumas pessoas tentam explicá-la à sua maneira, retirando textos de seus contextos, e como isso é perigoso e leva a uma direção deturpada. Como infere a passagem acima, não é com o nosso “achismo” ou conveniência que devemos interpretar a Bíblia, mas sim, com a interpretação do Espírito Santo, que foi Quem a inspirou. Vamos analisar nesta semana outro texto para mostrar que, se quisermos entender a vontade Deus, temos que analisar as Escrituras Sagradas de uma maneira ampla e relacionada, e não apenas textos isolados. Peço, novamente, que leiam essa análise de maneira aberta, sem preconceitos religiosos. Não é meu intuito questionar a fé de alguém ou agredi-la, mas sim, estudar a verdade, segundo a Bíblia, para que todo aquele que crê em Jesus Cristo não seja enganado por ensinos de pessoas equivocadas em suas interpretações sobre a Palavra.






Alguns cristãos são devotos de nossa senhora, que representa Maria, mãe de Jesus. Esses cristãos inclusive a chamam de mãe e pedem sua intercessão junto ao Senhor Jesus. Mas o que a Bíblia diz sobre isso? Esta idéia da maternidade de Maria para com os cristãos foi deduzida de um texto extraído do livro de João. O texto é o seguinte: “Vendo Jesus sua mãe e junto a ela o discípulo amado, disse: Mulher, eis aí teu filho. Depois, disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. Dessa hora em diante, o discípulo a tomou para casa.” (João 19. 26-27). Sem nos deixar envolver por emoções, estudemos algumas informações para concluirmos o significado desse texto. Primeiro: Este texto, analisando o contexto, não tem nenhuma denotação espiritual, mas sim, material. Jesus disse para o discípulo cuidar da mãe dEle, e para Sua mãe cuidar do discípulo enquanto vivos. Jesus considerava (e considera) todos os seus seguidores como sendo de sua família, independente dos laços de sangue, como Ele mesmo afirmou em Lucas 8. 21: “[...] Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a palavra de Deus e a praticam.” Outro texto que nos esclarece sobre essa dita intercessão é a afirmação do apóstolo Paulo a Timóteo: ”Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem” (1 Timóteo 2. 5 – ênfase acrescentada). Pensemos: Este texto cita três pessoas; Deus, o homem e Jesus entre eles. Não diz que existe uma quarta pessoa nessa ligação, muito menos que ela está entre o homem e Jesus. Se somente Jesus liga o homem a Deus, Maria fica fora de contexto quando se trata dessa intercessão. Ademais, a última aparição de Maria, mãe de Jesus, na Bíblia se dá em Atos 1. 14, onde ela não recebe nenhum destaque especial e apenas é equiparada com as demais mulheres. Maria, também, em nenhum lugar da Bíblia é citada como nossa intercessora junto a Jesus. Sendo assim, o contexto bíblico é muito claro ao advertir que só Jesus está vivo no meio espiritual para interceder por nós, e mais ninguém. Qualquer outra tese é ensinamento inventado por humanos.






Existem diversos outros assuntos que causam divergência entre os cristãos. A guarda do sábado como o quarto mandamento ordena (Êxodo 20. 8) é um dos que mais gera confusão. Entretanto, analisando o contexto geral da Bíblia, é possível concluir que este mandamento continua existindo atualmente. Questões como alimentação, vícios, divórcio, homossexualidade, entre outros, são assuntos geralmente interpretados de acordo com o pensamento de cada um. Mas a Palavra de Deus é clara quando se refere ao que Deus pensa sobre todos esses temas. O apóstolo Paulo afirma em 1 Coríntios 2. 16: “Pois quem conheceu a mente do Senhor, que o possa instruir? Nós, porém, temos a mente de Cristo.” O cristão deve se guiar pelo que Deus pensa, pois tem a mente de Cristo. Se eu sou cristão, mas não sigo o que Jesus ensinou, então eu estou apenas me enganando. E sobre todos os assuntos temos respaldo nas Sagradas Escrituras, basta termos disposição e humildade para lê-las, não com o nosso conhecimento humano, mas sim com o Espírito de Deus nos auxiliando e nos ensinando. Por isso devemos estudá-las de um modo relacionado, e não tirando conclusões de textos isolados. O princípio que deve ser seguido é que a Bíblia se auto-explica, e se há um texto que destoa de outros, devemos então ler o seu contexto. E se mesmo assim restarem contradições, temos que buscar em outros partes a compreensão daquele. Cristo não foi reconhecido pelos judeus como o Messias porque estes não conseguiram entender em suas escrituras o que se afirmava em relação a Jesus. E você, leitor, quer conhecer a Cristo verdadeiramente, ou quer apenas continuar fingindo que O conhece?




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Deus abençoe a todos com libertação, entendimento e salvação! CRISTIAN DAHMER

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