quarta-feira, 14 de outubro de 2009

PAPO DE CULTURA - Ione Jaeger


Ione Jaeger

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Obama, o Presidente dos Estados Unidos, nessa semana passada, recebeu o Prêmio Nobel da Paz. O Parlamento Norueguês, que indica o prêmio, deu um tapa de luva no Presidente e seu país, esperando que acabem com essa ânsia de poder e domínio, nutridos por eles há muito. Ao aceitar o prêmio, Obama fica na obrigação moral de tudo fazer para acabar com suas guerras imorais e covardes, que tantos inocentes mataram e matam. Toda guerra é imoral e covarde...


E que o Obama, que é a favor do aborto, mude da idéia de matança de inocentes!

Obama, deixe os inocentes em PAZ! Tanto os das mães, quanto os do petróleo!!

Benedito Franco






088 - Nobel e eu



No dia 10 de dezembro de cada ano, em Estocolmo, na Suécia, são entregues os prêmios Nobel de Física, Química, Medicina ou Fisiologia e Economia - Literatura e Paz são indicados pelo Parlamento Norueguês.

Dez de dezembro é o dia em que morreu o sueco Alfred Bernhard Nobel, em 1896, homem inventor da dinamite, mas que também sonhava com um mundo sem guerra.

Antes de morrer, legou a imensa fortuna a uma fundação, para premiar, anualmente, personalidades de destaque mundial na ciência e na cultura.

Nobel morreu riquíssimo, mas nasceu, a 21 de outubro de 1833, de família pobre. Alguns anos depois, o pai, modesto agricultor, resolveu estudar engenharia, indo trabalhar na Rússia, e em pouco tempo, a família adquiriu jazidas de petróleo.

Alfred e o pai montaram um laboratório de pesquisas, perto de Estocolmo, e começaram a trabalhar em um líquido novo e perigoso, capaz de explodir com um simples atrito - a nitroglicerina. Descobrindo como provocar sua detonação, pagou um preço alto pelas experiências: uma explosão mandou pelos ares o laboratório, matando várias pessoas e um irmão. A nitroglicerina só explode com um atrito e, pura, não é transportável.

Instalou fábricas de nitroglicerina em alguns países da Europa e EUA – causando inúmeros acidentes.



A dinamite



Finalmente, em 1867, Nobel resolveu o problema, adicionando substâncias absorventes à nitroglicerina (amido, serragem, fubá, jornal moído...), fazendo com que ficasse estável – inventara a dinamite – do grego dynamis, força.

Em 1875 era dono de fábricas de dinamite em quase todos os países da Europa e dos Estados Unidos.



A fábrica



Trabalhei em uma fábrica de produtos químicos e explosivos, onde eu fazia, no laboratório, a nitroglicerina e dinamites, assim como testes no laboratório e no campo. Nessa firma havia a única fábrica automática de nitroglicerina do Brasil, na época, para a feitura de algumas das dinamites - entrava ela como o componente explosivo.

Um trabalho árduo e preciso, mas com muita segurança.

Em alguns remédios para abaixar a pressão arterial, e tratar certas doenças circulatórias e cardíacas, usa-se, em dosagem mínima, a nitroglicerina.

A nitroglicerina é um explosivo potente. É um líquido parecido com o mel, um pouco mais claro e menos viscoso - finíssimo e que, por exemplo, atravessaria uma taboa com uma certa facilidade. O maior mérito do Nobel, em 1867, foi justamente o de ter usado produtos para estabilizá-la, tornando-a transportável - a dinamite. Entra na composição de boa parte das dinamites - hoje há inúmeros produtos explosivos - naquele tempo, o mais importante e potente, para uso em dinamites, sem dúvida nenhuma, era a nitroglicerina. Quando explode, expande-se formando gases quentes com volume três mil vezes maior que o do líquido. É obtida da combinação, sob certas e severíssimas condições, do ácido nítrico e a glicerina, tendo como catalisador o ácido sulfúrico. Descoberta pelo químico italiano Ascanio Sobrero, em 1846.

A velocidade de explosão da nitroglicerina é vinte e cinco vezes maior que a da pólvora e, em quantidades iguais, três vezes mais potente.

Quando terminei os estudos do curso de química, estagiei nessa firma de produtos químicos e explosivos - uma multinacional. Terminado o estágio, fui admitido como químico - o cargo era chamado de supervisor.

Trabalhar com nitroglicerina, no laboratório, inclusive fazê-la para alguns testes, não era fácil. Muitos colegas passavam mal: dor de cabeça e até mesmo vômito - um pouco pelo medo e/ou por causa da pressão arterial que abaixava. Como nunca passei mal, sempre trocava com os colegas, por outras tarefas – por exemplo: eu não gostava de trabalhar no laboratório do gás freon, por ser um ambiente muito seco e frio.



Benedito Franco



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