sábado, 8 de janeiro de 2011

PAPO DE CULTURA - Benedito Franco

Benedito Franco


Será que a Dilma terá coragem de receber seu salário com aquele aumento escandaloso, noventa por cento maior que o dado para os aposentados?... ...Não acredito...




Se gritar:”Pega ladrão!!”


Não fica um, meu irmão!


Se gritar: “Pega ladrão!...”

...





056 - Os groteiros



Interessante notar a alegria e o bom humor dos roceiros.

Entre os roceiros há os groteiros - são os mais atrasados, tanto cultural quanto de vivência, e com vocabulário mais próprio e mais pobre - vivem um pouco isolados, à margem das roças – nas grotas das fazendas. As casas dos fazendeiros tomam lugares de destaque, como as colinas ou as baixadas.

Os roceiros sempre sorrindo; às vezes sorrateiramente; às vezes um simples semblante alegre. Riem da gente?... ou... os bobocas somos nós mesmos!

Constantemente dentro da alegria de viver, parecendo no meio de uma piada leve, vendo o desenrolar e esperando o desfecho gozado.

Possuem uma sabedoria característica, às vezes fina ou surpreendente. Vejam o que há pouco me falou um deles:

- Vô fundá um banquim pra mim. Diz qui dá muito dinhero. Tamém, si num dé e dé perjuizo, o guverno bota nosso dinherim lá! Banquero só leva lucro... e nóis paga!

Tive um empregado analfabeto e que saiu da roça, mas a roça não saiu dele. Jogava palavras para um ou outro amigo que passasse pela loja. O amigo também retribuía e lá ia ele rindo, balançando os braços e, às vezes, todo o corpo - riem com todo o corpo.

O roceiro ri com os ombros! Reparem. Balançam os ombros para baixo e para cima, o corpo seguindo os movimentos do vaivém.

Nós, os citadinos, sempre sisudos e correndo. Nosso máximo é cumprimentarmos os amigos com um balouçar de cabeça, um sorriso matreiro - muitas vezes inconscientes ou desconfiados.

Uma senhora leu meus contos e apareceu na loja para comentá-los. Comentário vai, história vem, o papo encompridou e ela começou a contar as estórias e causos dos groteiros. Pedi-lhe que escrevesse para mim. Apreciem as jóias:



1 - "Piada de sogra

Certo dia iam quatro pessoas carregando um defunto, e uma fila de gente atrás, e debaixo do caixão ia um cachorro, chegou um cara e perguntou para um dos quatros quem vocês estão levando, um respondeu é minha sogra, o que matou foi este cachorro. O cara cochichou no ouvido dele e disse me empresta ele?

O cara respondeu empresto mas você terá que pegar a fila lá trás, pelo que entendo todos já havia pedido primeiro."



2 - "Piada de Português

Dois português passava perto de um moinho dágua, curiosos resolveram puxar a tábua, que entancava a água. O moinho começa a rodar, as pedras fazendo aquele barulhão, os portugueses ficaram muito assustado. Medo que o dono ouvice e zangace com eles. Derrepente passa uma velha, ela escurrega, e cai no rego onde eles havia tirado a tábua.

A água foi entancano, e o moinho perdi a força e para. Um deles disse pro outro Nossa! Nunca se deve mexer em um moinho sem uma velha por perto."



3 - " Agenda telefônica

A mulher pega a agenda telefonica do marido era em ordem alfabetica

Começou pela letra A e não encontra nada, na B, tambem nada, na C tambem nada, e foi desfolhando quando chegou na letra (T) lá estava telefone de fulano, de bertrano e de ciclano

Enfim de todos"



4 - "Piada de ingnorante



Havia uma Família de 3 pessoas, O marido, a esposa e a sogra, e nenhum dos três conhecia espêlho. O filho ouvia dizer que era muito parecido com o Pái. um dia indo ao Supermercado encontrou um espelho, Olhando viu o seu rosto, pensou logo é meu Pái que já havia falecido, levou o espelho para casa, e colocou no fundo do baú. todos os dias ele pegava o espelho para ver o Pái não tinha noção que era ele próprio, a mulher dele desconfiada do que ele guardava naquele baú pensou logo, deve ser coisa de mulher resolveu olhar o que era, quando ela se viu no espelho, chamou a mãe e disse, não te falei que o caso era mulher, a velha segurou o espelho muito espantada disse a filha, Como ele tem corage de te trocar por este canhão."



"Inguinorância não tem poblema - burrice é que não tem conserto".



E assim os roceiros passam a vida.

Beleza! Não acham?!



Benedito Franco

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