quarta-feira, 4 de agosto de 2010

NOTICIAS DA CÂMARA DE NOVO HAMBURGO

CIDADÃS E COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE DEBATEM SITUAÇÃO DE ANIMAIS DE RUA


Grupo reivindica programa de esterilização de cães e gatos



Um grupo de amigas, preocupadas com o bem estar de cachorros e gatos,

reuniu-se com os integrantes da Comissão de Meio Ambiente – Matias Martins

(presidente), Luiz Carlos Schenlrte (secretário) e Gilberto Koch (relator)

– na tarde desta quarta-feira, 4. Elas sugerem um programa de castração em

massa para reduzir o número de animais que vivem nas ruas. Além disso,

pedem mais rigidez contra pessoas que maltratam os bichos.



Marli Cardoso, Claudete da Fonseca Vargas, Lori Maria Adam, Cecília Blanke

e Rosane Teixeira cuidam de animais abandonados nos bairros onde vivem:

alimentam, tratam os ferimentos e tentam conscientizar amigos e vizinhos.

Contudo, destacam que são necessárias ações do poder público para acabar

com o sofrimento dessas espécies. "O mais importante é a questão da

castração. Uma cadela pode ter 30 filhotes por ano. E todos esses também

irão se reproduzir", salienta Rosane. "São seres vivos, temos que

respeitá-los", frisa Claudete.



Matias lembrou que melhorias no canil municipal estão na pauta de trabalho

da comissão há tempos. "Buscamos um novo local, com mais espaço e melhores

condições." Além disso, ele citou um relatório que recebeu da prefeitura,

segundo o qual foram doados 397 animais, no primeiro semestre deste ano.

No mesmo período, contudo, foram recolhidos 950, mais do que o dobro.

"Esses números ilustram bem o problema."



Os vereadores comprometeram-se a marcar, o mais breve possível, uma

reunião com um representante da Secretaria de Meio Ambiente, técnicos que

trabalham no canil, membros de ONGs e voluntários para tratar do assunto e

buscar formas de realizar a castração dos bichos de rua em Novo Hamburgo.



*



- Vereadores trabalham por melhorias em bairros

Iluminação, trânsito e limpeza estão entre os problemas citados



No início desta semana, o presidente da Casa, Jesus Maciel (PTB), fez um

pedido de providências ao Executivo para a colocação de luminária no Beco

da Servidão, continuação da rua Felipe Bernd, no bairro Rio Branco. O vice

Sergio Hanich (PMDB) solicitou pavimentação para as ruas Maria Olinda

Telles, em Canudos, e Carlos Müller, em Lomba Grande; além da canalização

de esgoto na rua Angélica Peteffi, também em Lombra Grande.



Volnei Campagnoni (PCdoB) busca a poda de árvores na avenida Maurício

Cardoso, em frente ao número 915, em Hamburgo Velho; e operação

tapa-buracos ao longo da rua Buenos Aires, no Santo Afonso. Alex Rönnau

(PT) mobilizou-se pelo conserto de tampa de boca de lobo e de infiltração

na calçada da rua Odon Cavalcanti, em frente ao número 505; e por operação

tapa-buracos na rua Ícaro, em Canudos.



Além da recolocação de parada de ônibus – com cobertura e bancos – na rua

Guia Lopes, em frente ao número 1.295, no Rondônia, Gerson Peteffi (PSDB)

requisitou vistoria nas ruas Bento Gonçalves, Alícia Müller e Rio de

Janeiro, onde há problemas na iluminação pública.



Entrada obstuída

Carmen Ries (PT) apontou a necessidade de alterações na rua Guilherme

Growermann, no bairro Rondônia. Ela salienta que moradores e comerciantes

pediram a troca de local de parada de ônibus, poste de energia elétrica e

orelhão, pois estão obstruindo a entrada de futuro comércio.



A petista ainda pediu a colocação de tampas de boca de lobo na rua São

Domingo; limpeza em calçada da avenida Vereador Adão Rodrigues de

Oliveira; revitalização da sinalização de trânsito e semáforo nas avenidas

Coronel Travassos e Pedro Adams Filho; nivelamento do asfalto na rua

Vicente da Fontoura; conserto de afundamento na rua Saldanha Marinho; e

substituição de lâmpadas na rua do Ipê.



Segurança nas ruas

Antonio Lucas (PDT) alertou para a necessidade de conserto de boca de lobo

e reparo no asfalto da rua do Encontro, na Vila Kephas. Matias Martins

(PT) destacou que é preciso substituir lâmpada na rua Espumoso, na Vila

Kröeff, e recolher galhos na rua Japão, no Rincão.



Vladi Lourenço (PP) está atento a diversos problemas que afetam

motoristas. Por isso, busca placa informativa de velocidade para a rua

José Plácido de Castro e redutores de velocidade para as ruas José do

Patrocínio e Bartolomeu de Gusmão. "Nessa última, é preciso ainda pintar

faixa de segurança", frisa.



Consolidação de leis

O presidente Jesus Maciel solicitou também ao Executivo a consolidação da

legislação municipal. A intenção é facilitar as consultas jurídicas,

principalmente do cidadão, por meio da eliminação de dispositivos

similares e criação de textos concisos.





*



- Saúde é principal tema debatido em sessão

Vereadores buscam soluções para o impasse do Hospital Municipal



A saúde foi o tema principal das falas dos vereadores na sessão de

terça-feira, 3. Ito Luciano (PMDB) disse que ficou chocado em sua última

visita ao Hospital Municipal. "Não é possível que tenhamos um hospital

como aquele. Quem chega lá se apavora", afirmou. Ele ainda apontou que

duas ambulâncias do Município estão na oficina há mais de dois meses.

"Temos que tomar uma providência." Segundo Ito, postos de saúde também

apresentam problemas, pois alguns não têm cobertura para as pessoas se

abrigarem da chuva e do sol.



Gerson Peteffi (PSDB) contou que soube de um cidadão internado que não

conseguiu fazer uma cirurgia por falta de salas disponíveis. "Terminando

agora as obras no hospital, vai se gastar menos do que se houver nova

licitação", ponderou. O líder do governo, Gilberto Koch (PT), disse que o

chefe do Executivo está em busca de soluções. "Vou falar em primeira mão:

o prefeito também quer mexer no projeto do hospital. No térreo, em vez da

cozinha, ele acha que deve ser feita a sala de emergência, para

proporcionar à comunidade melhor acesso."



Elogios ao atendimento

Luiz Carlos Schenlrte (PMDB) ouviu o relato de um cidadão que ficou

internado. "Ele elogiou bastante. Acho que o hospital cumpre com a

obrigação, mas não está como a gente gostaria. Talvez o problema seja

entrar no hospital. Depois, porém, o atendimento é muito bom. Sei de uma

senhora que é atendida em casa." Ele se preocupa, entretanto, com a falta

de médicos, inclusive nos postos de saúde. "Faltam profissionais na área

da saúde. Estão sendo feitos vários postos, mas muitas pessoas fazem

concurso, passam e não querem trabalhar."



Ito salientou que não reclama do atendimento. "O pavoroso é ver os

familiares com o doente nos corredores, em macas. Concordo que os

profissionais estão fazendo o possível e o impossível."



Questionamentos

Matias Martins (PT) disse que o prefeito não pode ficar refém de um

preciosismo de um técnico da prefeitura. "Há laudos dizendo que não há

superfaturamento." Ele destacou que foi no Pronto-Atendimento levar uma

pessoa doente e ficou impressionado com o atendimento. "A médica era muito

dedicada. Os funcionários talvez não façam mais por falta de estrutura."



"Uma coisa me intriga: por que se gastou na contratação de um perito para

o hospital, se agora vão se basear no laudo de um engenheiro da

prefeitura?", questionou o vice-presidente da Casa, Sergio Hanich (PMDB).

O presidente Jesus Maciel (PTB) relatou estar em contato com o

departamento jurídico para analisar a possibilidade de os vereadores e a

prefeitura chegarem a um acordo com o juiz responsável pelo caso.

"Acredito que iremos ajudar muito."



Crianças

De acordo com Jesus, representantes do Conselho Tutelar pediram para que

fosse criada uma ala dedicada apenas a crianças de zero a 12 anos.

"Solicitei que meu gabinete estude o Estatuto da Criança e do Adolescente

(ECA) para ver se existe alguma coisa que possa embasar esse pedido."



Peteffi lembrou que não há, em Novo Hamburgo, atendimento pediátrico

cirúrgico. "Todos os procedimentos são feitos em Porto Alegre. São coisas

simples. Se para os adultos está difícil, para as crianças é pior."



Serjão sugeriu que os vereadores entrem em acordo para que toda a verba

que sobra seja usada somente para saúde e para as crianças. Jesus Maciel

concordou com a proposta.



Cirurgias eletivas

Peteffi disse ainda que não são feitas cirurgias eletivas no município.

"Sapucaia também opera pacientes hamburguenses, assim como Portão e Campo

Bom. Ou seja, exportamos as eletivas, com as quais poderiam ganhar. São

cirurgias de hérnia, pedra na vesícula, ouvido furado, adenóide,

hemorróida, fimose, entre outras. Isso tudo geraria bons dividendos para o

Município. Mas o que vem para cá? Facada, acidente, tiro", disse. "Por

isso, temos que regionalizar o hospital. A administração deve tentar

aumentar a quota do hospital, não em número de pessoas, mas patamares,

para poder fazer procedimentos mais complexos."



Betinho completou que Novo Hamburgo tem 260 mil habitantes, mas o

atendimento hospitalar abrange mais de 400 mil, pois recebe pessoas de

outras cidades da região.



ENTENDA O CASO

As obras de ampliação do Hospital Municipal estão paradas desde fevereiro

de 2009. Para verificar essa situação, os vereadores visitaram o local no

início de maio. Foram acompanhados pelo prefeito Tarcísio e pela direção

da Fundação de Saúde Pública. A iniciativa da visita às obras de ampliação

do Hospital partiu da Comissão de Saúde da Câmara, presidida pelo vereador

Raul Cassel e integrada pelos vereadores Ito Luciano e Gerson Peteffi.



Há dúvidas quanto ao valor total da obra, que é de R$ 4 milhões e 300 mil.

A Prefeitura questiona se os pagamentos efetuados correspondem exatamente

ao que foi realizado. Tarcísio Zimmermann explicou que, em maio de 2008, o

controle interno da prefeitura apontou diferenças significativas entre o

que foi orçado pela empreiteira Fagundes e o preço de mercado. De posse

desse documento, o então presidente do Diretório Municipal do PT, José

Luiz Lauermann, fez uma representação junto ao Tribunal de Contas e ao

Ministério Público. Em março de 2009 venceu o prazo do contrato com a

empreiteira, que não foi renovado. A empresa ajuizou ação contra a

Prefeitura, para receber valores contestados. O Executivo recorreu porque

a obra está inacabada. O Ministério Público arquivou o processo de

suspeita de superfaturamento, pois as investigações constataram que não

procede.

Nenhum comentário:

Postar um comentário