quinta-feira, 1 de julho de 2010

SELEÇÃO BRASILEIRA

Brasil faz nesta 6ª-feira contra Holanda outro jogo decisivo de Copa do Mundo






CBF

Nesta sexta-feira, no Nelson Mandela Bay, em Port Elizabeth, a Seleção Brasileira volta a encontrar a Holanda no caminho em Copa do Mundo. Até então, foram três decisivas partidas, em 1974 e 1998, pelas semifinais, e em 1994, pelas quartas-de-final. Em 1974, a Holanda derrotou o Brasil nas semifinais.

Vinte anos depois, a Seleção Brasileira tetracampeã do mundo mandou os holandeses de volta para casa nas quartas-de-final. Em 1998, o Brasil foi melhor de novo, então já nas semifinais, vingando-se da derrota em Dortmund, na Alemanha.

Nesta sexta-feira, às 16 horas (11 horas de Brasília), quem vencer, dá mais um passo em busca do título. Quem perder, volta para casa.



Em 1974, o Carrossel Holandês tirou o Brasil da final

Desde o primeiro confronto, na semifinal de 1974, quando o Carrossel Holandês – comandado por Cruyff – derrotou o Brasil por 2 a 0, ficou evidente que era um confronto que ficaria marcado para a história.

Naquela partida, o Brasil poderia ter saído na frente com oportunidades desperdiçadas por Paulo Cesar e Jairzinho. Foi o primeiro dos grandes jogos entre as duas seleções em Copas do Mundo. A história ainda estava sendo escrita e passaria pelas gerações de 1994 e 1998.

A ficha do jogo, em 3 de julho de 1974:

HOLANDA 2:0 BRASIL

Local: Westfalenstadion, Dortmund (Alemanha Ocidental).

Público: 52.500 pagantes.

HOLANDA: Jongbloed (FC Amsterdan); Suurbier (AFC Ajax), Krol (AFC Ajax) e Rijsbergen (Feyenoord); Haan (AFC Ajax), Neeskens (AFC Ajax) depois Israel (Feyenoord) aos 85, Van Hanegem (Feyenoord) e Jansen (Feyenoord); Rep (AFC Ajax), Cruyff (CF Barcelona-ESP) e Resembrink (FC Anderlecht-BEL ) depois De Jong (Feyenoord).

Técnico: Rinus Michels.

BRASIL: Leão (SE Palmeiras-SP); Zé Maria (SC Corinthians Paulista-SP), Luiz Pereira (SE Palmeiras-SP), Marinho Peres (Santos FC-SP) e Marinho Chagas (Botafogo FR-RJ); Paulo César Carpeggiani (SC Internacional-RS), Rivellino (SC Corinthians Paulista-SP) e Paulo César Lima (CR Flamengo-RJ) depois Mirandinha (São Paulo FC-SP); Valdomiro (SC Internacional-RS), Jairzinho (Botafogo FR-RJ) e Dirceu (Botafogo FR-RJ).

Técnico: Mário Jorge Lobo Zagallo.

Gols: 1:0 Neeskens, aos 50; 2:0 Cruyff, aos 65.

Árbitro: Kurt Tschencher (Alemanha).

Assistentes: Robert Davidson (Escócia) e Govinahsamy Suppiah (Singapura).

Cartão Amarelo: Rep, Zé Maria, Luiz Pereira.

Cartão Vermelho: Luiz Pereira, aos 84.





Em 1994, Brasil devolve a derrota de 20 anos atrás e arranca para o tetra

Vinte anos depois, o destino pôs Brasil e Holanda frente a frente mais uma vez em uma Copa do Mundo. No dia 9 de julho de 1994 em um jogo eletrizante das quartas-de-final, recheado de gols e histórias inesquecíveis, o Brasil passou pelos “carrascos” de 1974 e abriu caminho para o tetracampeonato.

Após um primeiro tempo de muitas jogadas para os dois lados e chances desperdiçadas, Romário, aos 6 minutos da etapa final abriu o placar. Aldair acertou um lançamento para Bebeto, que com categoria cruzou para Romário marcar de bate-pronto um gol que ainda está na memória dos torcedores brasileiros.

Bebeto, onze minutos depois, ampliou o placar e criou uma comemoração que ficou eternizada na história do futebol: o gesto de embalar um bebê no colo, em homenagem ao nascimento de seu filho Matheus, que hoje, é jogador de futebol.

A Holanda empatou o jogo, com gols de Bergkamp e Winter. Mas a dez minutos do fim do jogo, Branco cobrou falta sofrida por ele. Uma bomba de perna esquerda, sem chances de defesa para o goleiro De Goeji.

Veja a ficha do jogo, em 9 de julho de 1994:

BRASIL 3:2 HOLANDA

Local: Estádio Cotton Bowl, em Dallas (EUA).

Público: 63.500 pagantes.

BRASIL: Taffarel (AC Reggiana 1919-ITA); Jorginho (FC Bayern München-ALE), Aldair (AS Roma-ITA), Márcio Santos (FC Girondin Bordeaux-FRA) e Branco (Fluminense FC-RJ) depois Cafu (São Paulo FC-SP) aos 90; Mauro Silva (RC Deportivo-ESP), Dunga (VfB Stuttgart-ALE), Mazinho (SE Palmeiras-SP) depois Raí (Paris Saint-Germain FC-FRA) aos 80 e Zinho (SE Palmeiras-SP); Bebeto (RC Deportivo-ESP) e Romário (FC Barcelona-ESP).

Técnico: Carlos Alberto Gomes Parreira.

HOLANDA: De Goeij (Feyenoord); Koeman (CF Barcelona), Valckx (Sporting CP-POR) e Wouters (PSV Eindhoven); Winter (SS Lazio-ITA), Rijkaard (AFC Ajax) depois Ronald De Boer (AFC Ajax) aos 64, Jonk (FC Internazionale Milano-ITA) e Witschge (Feyenoord); Overmars (AFC Ajax), Bergkamp (FC Internazionale Milano-ITA) e Van Vossen (AFC Ajax) depois Roy (US Foggia-ITA) aos 54.

Técnico: Dick Advocaat.

Gols: 1:0 Romário, aos 51; 2:0 Bebeto, aos 62; 2:1 Bergkamp,aos 64; 2:2 Winter, aos 76; 3:2 Branco 80.

Árbitro: Rodrigo Badilla Sequeira (Costa Rica).

Assistentes: Yousif Abdulla Al Ghattan (Bahrein), Davoud Fanaei (Iran).

4° árbitro: Francisco Oscar Lamolina (Argentina).

Cartão Amarelo: Winter, Dunga, Wouters.



Em 1998, nas semifinais em Marseille, brilha de novo o herói Taffarel

Na Copa seguinte, na França, em 1998, o palco do confronto era o Stade Vêlodrome, em Marseille. O jogo, pela semifinal, não podia deixar de ter o mesmo ingrediente dos confrontos anteriores, a emoção.

Desta vez, após empate em 1 a 1, com gols de Ronaldo e Kluivert, a partida foi para os pênaltis e brilhou a estrela do goleiro tetracampeão em 1994, Taffarel. O goleiro, já consagrado herói na campanha de 1994, defendeu duas cobranças dos holandeses, de Cocu e Ronald de Boer.

No dia seguinte à partida, Taffarel, de folga em um hotel com a família na Eurodisney, foi acordado às 7 horas por jornalistas, que impressionados queriam repercutir a história do herói brasileiro. O goleiro gentilmente atendeu a todos.

Veja a ficha do jogo, em 7 de julho de 1998

BRASIL (4) 1:1 (2) HOLANDA

Local: Stade Vélodrome, Marseille (França).

Público: 54.000 pagantes.

BRASIL: Taffarel (C Atlético Mineiro-MG); Zé Carlos (São Paulo FC-SP), Aldair (AS Roma-ITA), Júnior Baiano (CR Flamengo-RJ) e Roberto Carlos (CF Real Madrid-ESP); César Sampaio (Yokohama Flügels-JAP), Dunga (Jubilo Iwata-JAP), Leonardo (AC Milan-ITA) depois Emerson (Bayer Leverkusen-ALE) aos 85 e Rivaldo (FC Barcelona-ESP); Bebeto (Botafogo FR-RJ) depois Denílson (São Paulo FC-SP) aos 70 e Ronaldo (FC Internazionale Milano-ITA).

Técnico: Mário Jorge Lobo Zagallo.

HOLANDA: Van der Sar (AFC Ajax); Reiziger (CF Barcelona-ESP) depois Winter (FC Internazionale Milano-ITA) aos 56, Jaap Stam (PSV Eindhoven) e Frank De Boer (AFC Ajax); Ronald De Boer (AFC Ajax), Jonk (PSV Eindhoven) depois Seedorf (CF Real Madrid-ESP) aos 111, Davids (Juventus FC-ITA) e Cocu (PSV Eindhoven); Bergkamp (Arsenal FC-ING), Kluivert (AC Milan-ITA)e Zenden (PSV Eindhoven) depois Van Hooijdonk (Nottingham Forest FC-ING) aos 75.

Técnico: Guus Hiddink.

Gols: 1:0 Ronaldo, aos 46; 1:1 Kluivert, aos 87.

Pênaltis: Ronaldo (1:0), Frank De Boer (1:1), Rivaldo (2:1), Bergkamp (2:2), Emerson (3:2), Cocu (perdeu), Dunga (4:2), Ronald De Boer (perdeu).

Árbitro: Ali Mohamad Bujsaim (Emirados Árabes).

Assitentes: Hussain Ghadanfari (Kuwait), Mohamed Al Musawi (Omã).

4° Árbitro: Abdul Rahman Al-Zeid (Arábia Saudita).

Cartão Amarelo: Zé Carlos, César Sampaio, Reiziger, Davids, Van Hooijdonk, Seedorf.

Nenhum comentário:

Postar um comentário