sábado, 5 de fevereiro de 2011

FOCO CRISTÃO - Cristian Dahmer

Cristian Dahmer


A OVELHA PERDIDA




“Aproximavam-se de Jesus todos os publicanos e pecadores para o ouvir. E murmuravam os fariseus e os escribas, dizendo: Este recebe pecadores e come com eles. Então, lhes propôs Jesus esta parábola: Qual, dentre vós, é o homem que, possuindo cem ovelhas e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove e vai em busca da que se perdeu, até encontrá-la? Achando-a, põe-na sobre os ombros, cheio de júbilo. E, indo para casa, reúne os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha perdida. Digo-vos que, assim, haverá maior júbilo no céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento.” (Lucas 15. 1-7, Bíblia Sagrada, Almeida Revista e Atualizada).



Muitas vezes nós não entendemos, ou distorcemos trechos da Bíblia por não contextualizarmos historicamente tais citações. Outras vezes pelo próprio interesse, e por não querer abandonar os vícios e os pecados que carregamos. O texto acima nos revela o tamanho amor de Deus e o Seu desejo de trazer para seus braços o pecador, não importa o que este tenha feito de errado. Nesta parábola, o Senhor Jesus conta a história do pastor e suas ovelhas. Naqueles tempos, ser pastor não era uma profissão de grande valor social ou financeiro. Contudo, havia uma grande virtude nesses trabalhadores: geralmente eles eram movidos por um profundo amor por seus animais. Muitas vezes tinham que enfrentar predadores do campo, como lobos e raposas, para preservar a vida de suas ovelhas. Davi, em 1° Samuel 17. 34-35, mostra quão corajoso era um pastor ao defender a vida de suas ovelhas. É neste entendimento de pastor e ovelhas que Jesus expõe aos Seus seguidores os versos acima.

Sendo assim, podemos dar nomes aos personagens. O pastor da história é Jesus. As ovelhas somos todos nós, seres humanos. O ato de se perder significa se afastar de Deus, indo em direção ao pecado. As noventa e nove são os seres humanos que são obedientes aos mandamentos de Deus, os chamados crentes. Aquele que se perdeu é o que se afundou no pecado. Pecado, neste sentido, não significa só roubar ou matar, como a maioria dos cristãos creem. É também o adultério, a mentira, a pornografia, o ódio, inveja, o sexo fora do casamento, o orgulho, a malícia, o vício, etc. Mas o que Jesus quis mostrar nesta história? No início do texto se vê os publicanos (judeus que cobravam os impostos do povo para o imperador romano, e que eram mal vistos por sua avareza e engano) e os pecadores (neste contexto, aqueles que eram pecadores discriminados pela sociedade: prostitutas, ladrões, homossexuais, viciados, etc.) indo até Jesus para ouvirem Suas palavras e ensinamentos. Os fariseus e os escribas, os quais também eram pecadores, porém não se reconheciam desta forma, criticavam Jesus por estar perto daqueles que, na visão distorcida deles, “não mereciam o amor de Deus”, quais sejam, os pecadores. Os fariseus pensavam que, se Jesus fosse realmente Filho de Deus, Ele não se misturaria com aqueles que praticavam as coisas que Deus não permitia. Eles criam que Deus não amava tais pessoas, e discriminavam os pecadores, condenando-os apenas com um olhar. Eu pergunto: Não se parecem com muitos de nós atualmente? O que eles não entendiam é que amar o pecador não significa concordar com o seu pecado; mas também não entendiam que discordar do ato pecaminoso de uma pessoa não significa que devemos maltratá-la, isolá-la ou marginalizá-la. Ao contrário, o Senhor mostrava aos fariseus que deviam estar perto dessas pessoas, para que elas pudessem conhecer o amor de Deus e serem transformadas por este amor.

Desta forma, Jesus comparou a nossa situação com a da ovelha perdida. Ele nos mostrou que Deus tem seus filhos, que estão sob o seu amor, mas que deixa esses filhos em um local seguro e sai a procurar aquele que se desviou, mesmo que seja apenas um. Quando este pecador é encontrado por Cristo, Ele o põe nos ombros e o leva pra casa, cuida das suas feridas, dos seus traumas e complexos, e é realizada uma grande festa no céu. Jesus afirma que há maior alegria por este um que estava perdido no pecado e hoje se arrepende, do que por aqueles que não se perderam. Parece injusto não é? Aqueles que sempre obedeceram são preteridos em relação àquele que desobedeceu? Contudo, no Reino de Deus não é assim, não há egoísmo ou vaidade. Aqueles que tiveram uma experiência com Cristo sabem que já foram perdoados por Seus pecados, e que já tem a maior festa que poderia ser feita: participam do amor íntimo de Deus. Estes, que não se perderam, ficam felizes com Cristo por mais um pecador que se arrepende e encontra a verdadeira vida: Jesus!

Eu não sou a pessoa mais correta, nem tenho autoridade própria para falar dessas coisas. Falo apenas do que Deus nos dá em Sua Palavra. Em minha vida convertida ao Senhor, posso testemunhar o quão grande é esse Deus, o quanto amor Ele tem por todos nós. Deus não é um tirano, Ele é amor. Se fosse um tirano, eu não estaria aqui vos escrevendo este texto. Só Deus e eu sabemos tudo que fiz, mesmo depois de ter entregado minha vida a Ele. Se estivesse no lugar de Deus, eu não me perdoaria. Só isso me basta para afirmar a todos que Deus não é um déspota. Por isso apelo a você, leitor: Não sei qual é o seu pecado, não sei como está sua vida, mas se você estiver precisando de ajuda, de amor, de restauração; se nada do que você tem feito te trouxe paz e alegria plena até hoje; eu lhe digo que existe um Deus no céu, que te ama e quer te fazer feliz. Venha como você está, não importa o que você tenha feito, Deus quer te abraçar e restaurá-lo à Sua imagem e semelhança.

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Deus abençoe a todos com libertação, entendimento e salvação!
CRISTIAN DAHMER

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