segunda-feira, 30 de novembro de 2009

FOCO CRISTÃO - Cristian Dahmer


Cristian Dahmer

SOMOS APENAS EMPREGADOS






“Jesus disse: — Façam de conta que um de vocês tem um empregado que trabalha na lavoura ou cuida das ovelhas. Quando ele volta do campo, será que você vai dizer: “Venha depressa e sente-se à mesa”? Claro que não! Pelo contrário, você dirá: “Prepare o jantar para mim, ponha o avental e me sirva enquanto eu como e bebo. Depois você pode comer e beber.” Por acaso o empregado merece agradecimento porque obedeceu às suas ordens? Assim deve ser com vocês. Depois de fazerem tudo o que foi mandado, digam: “Somos empregados que não valem nada porque fizemos somente o nosso dever.”

(Lucas 17. 7-10, Bíblia Sagrada, Nova Tradução na Linguagem de Hoje).





Quando li um texto como este, em um determinado momento, pensei comigo: “Como pode Jesus dizer algo tão autoritário assim?” E muitos vão além, afirmando que Jesus Cristo não falaria dessa forma. É por isso que hoje se vêem cristãos fumando, bebendo, adulterando, se prostituindo, mentindo, etc., porque não estamos acostumados a respeitar uma autoridade de amor. Jesus nos ama; mas uma coisa é amar, outra é aprovar o erro. As pessoas não vêem Deus como um pai amoroso que põe limites para o nosso bem, mas sim, como uma figura decorativa que tem que se adequar às nossas vontades mais impuras. É como se você, que é um pai ou mãe de família, aceitasse todas as loucuras e manias que seu filho tem. O Senhor Jesus afirmou: “[...] A pessoa que não me ama não obedece à minha mensagem [...]”. (João 14. 22-24). O próprio Deus disse que se você não o obedece você não o ama de verdade, logo, não é um cristão genuíno. Mas os versículos em epígrafe (tema) são específicos aos cristãos verdadeiros, que obedecem e participam da obra de Deus. É para esses cristãos que me dirijo no presente artigo.



Apesar de sermos cristãos e obedecermos aos Seus mandamentos, continuamos dentro de uma natureza pecaminosa. Por mais que nos santifiquemos e nos enchamos do Espírito de Deus, ainda assim, nunca conseguiríamos alcançar a santificação plena, pois a natureza adâmica sempre nos pende para o lado do pecado. De outra forma, não precisaríamos ser ressuscitados por Cristo com um novo corpo, glorificado. O Diabo age sempre que encontra uma brecha, e nosso ego muitas vezes abre essa brecha. Geralmente, quando alguém se converte, o faz sem saber muita coisa sobre Deus, sem saber falar de Jesus, sem saber orar. O novo convertido é humilde e quer aprender; respeita as autoridades da igreja e lê a Bíblia continuamente, busca aprender sobre o caráter de Deus. Mas o tempo passa, e esse convertido se torna conhecedor da Palavra. Talvez se torne um pregador da igreja, um ministro do evangelho, um cantor requisitado entre os irmãos, e é aí que mora o perigo; esse irmão começa a pensar que é “o cara”, começa a pensar que tem algum poder por si só, começa a julgar de forma veemente os que ainda estão no erro, mas se esquece que um dia já esteve no erro também. Não ora mais, não lê mais a Bíblia: Pra que ler a Bíblia? Já sabe tudo que está escrito nela. O ego se infla tanto dentro dessa pessoa que, quando ela faz uma pregação ou dá um testemunho a alguém, o próprio Espírito Santo senta-Se no banco para aprender com ela. Já não é mais o Espírito Santo Quem fala, Quem exorta, mas sim, a sabedoria de um homem.



Quando Jesus contou a parábola do empregado aos discípulos, Ele nos mostrou, a todos os Seus seguidores, que não devemos nos considerar nada. Nós somos apenas instrumentos na mão de Deus. Um amigo uma vez me disse: “Numa cirurgia bem sucedida, a quem se deve o sucesso obtido? Ao bisturi, ou ao médico que conduziu o bisturi?” Nós, enquanto cristãos, somos o bisturi e o Senhor Jesus é o médico. Toda a glória de Sua obra é dEle. Se formos usados pelo Senhor para participar da Sua obra, devemos nos orgulhar unicamente de poder estar servindo a Ele, como Deus afirma em Jeremias 9. 22-24: “[...] Se alguém quiser se orgulhar, que se orgulhe de me conhecer e de me entender; porque eu, o SENHOR, sou Deus de amor e faço o que é justo e direito no mundo [...].” Se temos um dom, como falar com eloqüência, escrever com habilidade, louvar com fervor, cantar magnificamente, tudo isso temos porque estamos unidos a Cristo. Sem Ele não somos nada. Então cuidado, irmão. Não se sinta alguma coisa dentro da obra de Deus, não se ache melhor que os outros, pois só recebemos algo de Deus por Sua misericórdia, não porque mereçamos. E quem vos fala não é alguém que tenha méritos para lhes julgar, ao contrário, essa advertência que registro neste artigo se dirige primeiramente a mim. Eu mesmo, algumas vezes, tenho que dominar o ego, como se doma um leão feroz! Mas se vos exorto é porque reconheço essa fraqueza e busco a força no Senhor. Cada texto que escrevo, busco me esvaziar completamente, das minhas opiniões e preconceitos, e deixar que o Espírito Santo me conduza. É Deus que sabe quem lerá esse texto; é Ele que sabe como dizer e convencer as pessoas dos seus pecados e chamá-las ao arrependimento; é dEle a obra; eu sou apenas um empregado que não tem valor algum e que obedece ao seu Senhor. Devemos nos entregar a Jesus e deixá-lO guiar nossas vidas e, quando requisitados, ceder nosso talentos para que Ele possa operar o milagre do arrependimento e da conversão naqueles que ainda não tiveram a oportunidade de encontrar a salvação!



Caso você tenha dúvidas, comentários, ou queira se cadastrar para receber por e-mail os artigos semanais, mande um e-mail, sem anexos, para: meubaluarte@gmail.com . O Senhor Jesus mudou a minha vida e o meu caráter, e Ele com certeza fará essa mudança na vida de todos que o buscarem. Qualquer problema que você tenha, Jesus pode te libertar. Dívidas, doenças, vícios, depressão, insônia, inveja, prostituição, adultério, feitiço, separação. Ele está te chamando para te ajudar. Ele quer aliviar a sua dor. (Mateus 11.28-30).



Deus abençoe a todos com libertação, entendimento e salvação!

CRISTIAN DAHMER

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