domingo, 27 de março de 2011

DE MOÇAMBIQUE

Agravamento dos preços

Por: Jorge José Mirione 






Sobre a eventualidade ocorrência de manifestações, Eduardo Namburete, membro sénior da Renamo, alerta o governo.




«A subida dos preços de produtos no mercado nacional vai afectar as pessoas mais pobres. Se o Governo não tomar medidas sérias a curto prazo, o país voltará a registar manifestações populares»

«Para evitar a ocorrência de manifestações a escala nacional a semelhança do que aconteceu em Setembro do ano passado, o governo deve adoptar mecanismos mais eficientes com urgência possível. Não tem muitas alternativas. A única era a produção agrícula, mas sabemos que o país é improdutivo e vive das importações»

-Eduardo Namburete membro sénior da Renamo, principal partido da oposição em Moçambique em entrevista ao Canalmoz.

Moçambique vai registar agravamento de preços dos produtos da primeira necessidade durante o ano 2011, em resultado das mudanças que se estão a verificar no mercado internacional.

Esta situação vai obrigar o Governo moçambicano a ter que remeter o Orçamento do Estado de 2011 à Assembleia da República para uma revisão.

Eduardo Namburete, alertou o governo moçambicano que a actual crise económica devido a subida dos preços de combustíveis industriais no mercado internacional pode concorer para manifestações à escala nacional.

«Rever os contratos dos mega-projectos é a única solução que o governo tem para minimizar a crise financeira, evitando desta forma as manifestações que poderão complicar a situação política, económica, social do país. Chegou a hora do Estado moçambicano perceber que a revisão dos impostos de mega-projectos como a MOZAL, VALE, RIVERSDALE, SASOL, entre outros, é necessária para salvar o património» disse Namburete.

Por outro lado a fonte referiu que « O país não tem mais recorrência. A contribuição dos doadores no Orçamento do Estado não foi suficiente. A produção agrícula é um fracasso, por falta de incentivos. A fraca produção no país é motivada pela ignorância do próprio Governo».

Refira se que o Primeiro Ministro de Moçambique, Aires Ali, adimitiu recentemente que «Moçambique não produz combustíveis, o aumento do seu preço vai refletir se igualmente nos sectores produtivos, causando agravamento de preços de produtos da primeira necessidade.»

Aires Ali, reconheceu que o custo de vida dos moçambicanos, sobretudo das camadas mais desfavorecidas, vai agravar se no país.



Quanto ao facto, Eduardo Namburete disse que é inevitavel não falar das manifestações em Moçambique, tendo de seguida referido que o país atravessa um momento de crise e apontou como principal problema a liderança dos governantes. «O problema está na liderança dos governantes que beneficia uns em detrimento doutros».

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