Nelson Tangerini
Um soneto inédito de Luiz Leitão.
e
POR UM TRIZ
Luiz Leitão
Era o meu ai Jesus, meu bom bocado,
Uma mulata suco, da pontinha,
Uma cabrocha como me convinha,
Como convém a todo namorado.
E fiquei de tal forma apaixonado,
Amei com tanto ardor a mulatinha,
Que ultimamente, magro, pela espinha,
Já não dava mais conta do recado.
Preguei. Muito abatido, muito fraco,
Quase, meu Deus, que fui para o buraco...
A mulata deixou-me moribundo.
Hoje, porém, bem forte, bem sadio,
Graças ao CARÓGENO, desafio
A todas as mulatas deste mundo...
Autor: Luiz Leitão
[com o pseudônimo Manoel da Beira Alta]
Jornal O ALMOFADINHA.
[Direção de Luiz Leitão],
Niterói, RJ, Anos 1920.
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