CIDADÃS E COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE DEBATEM SITUAÇÃO DE ANIMAIS DE RUA
Grupo reivindica programa de esterilização de cães e gatos
Um grupo de amigas, preocupadas com o bem estar de cachorros e gatos,
reuniu-se com os integrantes da Comissão de Meio Ambiente – Matias Martins
(presidente), Luiz Carlos Schenlrte (secretário) e Gilberto Koch (relator)
– na tarde desta quarta-feira, 4. Elas sugerem um programa de castração em
massa para reduzir o número de animais que vivem nas ruas. Além disso,
pedem mais rigidez contra pessoas que maltratam os bichos.
Marli Cardoso, Claudete da Fonseca Vargas, Lori Maria Adam, Cecília Blanke
e Rosane Teixeira cuidam de animais abandonados nos bairros onde vivem:
alimentam, tratam os ferimentos e tentam conscientizar amigos e vizinhos.
Contudo, destacam que são necessárias ações do poder público para acabar
com o sofrimento dessas espécies. "O mais importante é a questão da
castração. Uma cadela pode ter 30 filhotes por ano. E todos esses também
irão se reproduzir", salienta Rosane. "São seres vivos, temos que
respeitá-los", frisa Claudete.
Matias lembrou que melhorias no canil municipal estão na pauta de trabalho
da comissão há tempos. "Buscamos um novo local, com mais espaço e melhores
condições." Além disso, ele citou um relatório que recebeu da prefeitura,
segundo o qual foram doados 397 animais, no primeiro semestre deste ano.
No mesmo período, contudo, foram recolhidos 950, mais do que o dobro.
"Esses números ilustram bem o problema."
Os vereadores comprometeram-se a marcar, o mais breve possível, uma
reunião com um representante da Secretaria de Meio Ambiente, técnicos que
trabalham no canil, membros de ONGs e voluntários para tratar do assunto e
buscar formas de realizar a castração dos bichos de rua em Novo Hamburgo.
*
- Vereadores trabalham por melhorias em bairros
Iluminação, trânsito e limpeza estão entre os problemas citados
No início desta semana, o presidente da Casa, Jesus Maciel (PTB), fez um
pedido de providências ao Executivo para a colocação de luminária no Beco
da Servidão, continuação da rua Felipe Bernd, no bairro Rio Branco. O vice
Sergio Hanich (PMDB) solicitou pavimentação para as ruas Maria Olinda
Telles, em Canudos, e Carlos Müller, em Lomba Grande; além da canalização
de esgoto na rua Angélica Peteffi, também em Lombra Grande.
Volnei Campagnoni (PCdoB) busca a poda de árvores na avenida Maurício
Cardoso, em frente ao número 915, em Hamburgo Velho; e operação
tapa-buracos ao longo da rua Buenos Aires, no Santo Afonso. Alex Rönnau
(PT) mobilizou-se pelo conserto de tampa de boca de lobo e de infiltração
na calçada da rua Odon Cavalcanti, em frente ao número 505; e por operação
tapa-buracos na rua Ícaro, em Canudos.
Além da recolocação de parada de ônibus – com cobertura e bancos – na rua
Guia Lopes, em frente ao número 1.295, no Rondônia, Gerson Peteffi (PSDB)
requisitou vistoria nas ruas Bento Gonçalves, Alícia Müller e Rio de
Janeiro, onde há problemas na iluminação pública.
Entrada obstuída
Carmen Ries (PT) apontou a necessidade de alterações na rua Guilherme
Growermann, no bairro Rondônia. Ela salienta que moradores e comerciantes
pediram a troca de local de parada de ônibus, poste de energia elétrica e
orelhão, pois estão obstruindo a entrada de futuro comércio.
A petista ainda pediu a colocação de tampas de boca de lobo na rua São
Domingo; limpeza em calçada da avenida Vereador Adão Rodrigues de
Oliveira; revitalização da sinalização de trânsito e semáforo nas avenidas
Coronel Travassos e Pedro Adams Filho; nivelamento do asfalto na rua
Vicente da Fontoura; conserto de afundamento na rua Saldanha Marinho; e
substituição de lâmpadas na rua do Ipê.
Segurança nas ruas
Antonio Lucas (PDT) alertou para a necessidade de conserto de boca de lobo
e reparo no asfalto da rua do Encontro, na Vila Kephas. Matias Martins
(PT) destacou que é preciso substituir lâmpada na rua Espumoso, na Vila
Kröeff, e recolher galhos na rua Japão, no Rincão.
Vladi Lourenço (PP) está atento a diversos problemas que afetam
motoristas. Por isso, busca placa informativa de velocidade para a rua
José Plácido de Castro e redutores de velocidade para as ruas José do
Patrocínio e Bartolomeu de Gusmão. "Nessa última, é preciso ainda pintar
faixa de segurança", frisa.
Consolidação de leis
O presidente Jesus Maciel solicitou também ao Executivo a consolidação da
legislação municipal. A intenção é facilitar as consultas jurídicas,
principalmente do cidadão, por meio da eliminação de dispositivos
similares e criação de textos concisos.
*
- Saúde é principal tema debatido em sessão
Vereadores buscam soluções para o impasse do Hospital Municipal
A saúde foi o tema principal das falas dos vereadores na sessão de
terça-feira, 3. Ito Luciano (PMDB) disse que ficou chocado em sua última
visita ao Hospital Municipal. "Não é possível que tenhamos um hospital
como aquele. Quem chega lá se apavora", afirmou. Ele ainda apontou que
duas ambulâncias do Município estão na oficina há mais de dois meses.
"Temos que tomar uma providência." Segundo Ito, postos de saúde também
apresentam problemas, pois alguns não têm cobertura para as pessoas se
abrigarem da chuva e do sol.
Gerson Peteffi (PSDB) contou que soube de um cidadão internado que não
conseguiu fazer uma cirurgia por falta de salas disponíveis. "Terminando
agora as obras no hospital, vai se gastar menos do que se houver nova
licitação", ponderou. O líder do governo, Gilberto Koch (PT), disse que o
chefe do Executivo está em busca de soluções. "Vou falar em primeira mão:
o prefeito também quer mexer no projeto do hospital. No térreo, em vez da
cozinha, ele acha que deve ser feita a sala de emergência, para
proporcionar à comunidade melhor acesso."
Elogios ao atendimento
Luiz Carlos Schenlrte (PMDB) ouviu o relato de um cidadão que ficou
internado. "Ele elogiou bastante. Acho que o hospital cumpre com a
obrigação, mas não está como a gente gostaria. Talvez o problema seja
entrar no hospital. Depois, porém, o atendimento é muito bom. Sei de uma
senhora que é atendida em casa." Ele se preocupa, entretanto, com a falta
de médicos, inclusive nos postos de saúde. "Faltam profissionais na área
da saúde. Estão sendo feitos vários postos, mas muitas pessoas fazem
concurso, passam e não querem trabalhar."
Ito salientou que não reclama do atendimento. "O pavoroso é ver os
familiares com o doente nos corredores, em macas. Concordo que os
profissionais estão fazendo o possível e o impossível."
Questionamentos
Matias Martins (PT) disse que o prefeito não pode ficar refém de um
preciosismo de um técnico da prefeitura. "Há laudos dizendo que não há
superfaturamento." Ele destacou que foi no Pronto-Atendimento levar uma
pessoa doente e ficou impressionado com o atendimento. "A médica era muito
dedicada. Os funcionários talvez não façam mais por falta de estrutura."
"Uma coisa me intriga: por que se gastou na contratação de um perito para
o hospital, se agora vão se basear no laudo de um engenheiro da
prefeitura?", questionou o vice-presidente da Casa, Sergio Hanich (PMDB).
O presidente Jesus Maciel (PTB) relatou estar em contato com o
departamento jurídico para analisar a possibilidade de os vereadores e a
prefeitura chegarem a um acordo com o juiz responsável pelo caso.
"Acredito que iremos ajudar muito."
Crianças
De acordo com Jesus, representantes do Conselho Tutelar pediram para que
fosse criada uma ala dedicada apenas a crianças de zero a 12 anos.
"Solicitei que meu gabinete estude o Estatuto da Criança e do Adolescente
(ECA) para ver se existe alguma coisa que possa embasar esse pedido."
Peteffi lembrou que não há, em Novo Hamburgo, atendimento pediátrico
cirúrgico. "Todos os procedimentos são feitos em Porto Alegre. São coisas
simples. Se para os adultos está difícil, para as crianças é pior."
Serjão sugeriu que os vereadores entrem em acordo para que toda a verba
que sobra seja usada somente para saúde e para as crianças. Jesus Maciel
concordou com a proposta.
Cirurgias eletivas
Peteffi disse ainda que não são feitas cirurgias eletivas no município.
"Sapucaia também opera pacientes hamburguenses, assim como Portão e Campo
Bom. Ou seja, exportamos as eletivas, com as quais poderiam ganhar. São
cirurgias de hérnia, pedra na vesícula, ouvido furado, adenóide,
hemorróida, fimose, entre outras. Isso tudo geraria bons dividendos para o
Município. Mas o que vem para cá? Facada, acidente, tiro", disse. "Por
isso, temos que regionalizar o hospital. A administração deve tentar
aumentar a quota do hospital, não em número de pessoas, mas patamares,
para poder fazer procedimentos mais complexos."
Betinho completou que Novo Hamburgo tem 260 mil habitantes, mas o
atendimento hospitalar abrange mais de 400 mil, pois recebe pessoas de
outras cidades da região.
ENTENDA O CASO
As obras de ampliação do Hospital Municipal estão paradas desde fevereiro
de 2009. Para verificar essa situação, os vereadores visitaram o local no
início de maio. Foram acompanhados pelo prefeito Tarcísio e pela direção
da Fundação de Saúde Pública. A iniciativa da visita às obras de ampliação
do Hospital partiu da Comissão de Saúde da Câmara, presidida pelo vereador
Raul Cassel e integrada pelos vereadores Ito Luciano e Gerson Peteffi.
Há dúvidas quanto ao valor total da obra, que é de R$ 4 milhões e 300 mil.
A Prefeitura questiona se os pagamentos efetuados correspondem exatamente
ao que foi realizado. Tarcísio Zimmermann explicou que, em maio de 2008, o
controle interno da prefeitura apontou diferenças significativas entre o
que foi orçado pela empreiteira Fagundes e o preço de mercado. De posse
desse documento, o então presidente do Diretório Municipal do PT, José
Luiz Lauermann, fez uma representação junto ao Tribunal de Contas e ao
Ministério Público. Em março de 2009 venceu o prazo do contrato com a
empreiteira, que não foi renovado. A empresa ajuizou ação contra a
Prefeitura, para receber valores contestados. O Executivo recorreu porque
a obra está inacabada. O Ministério Público arquivou o processo de
suspeita de superfaturamento, pois as investigações constataram que não
procede.
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
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